Dr. Herval Sampaio Junior - Juiz Eleitoral |
“Normal”. Em cerca de 40 minutos de conversa, essa foi
talvez a palavra mais repetida pelo juiz Herval Sampaio Júnior. Contudo, nada
nesse cearense, que escolheu Mossoró para morar e fazer história, parece ser
normal. A começar pela primeira impressão: o visual do magistrado. Headfone,
terno sem gravata, dois celulares com tela de quatro polegadas; pulseira grossa
num pulso, acompanhado de um anel que se destaca na mão; no outro braço, um
relógio grande. Tudo isso encaixado num corpo de estatura mediana/baixa, mas
que parece ser maior devido à quantidade de gestos que faz durante a fala –
quase sempre alta.
“Normais”, para Herval, foram
as decisões que cassaram os principais candidatos a Prefeitura de Mossoró e de
Baraúna em 2012, gerando pleitos suplementares nas duas cidades. Não viu
anormalidade, também, na forma como enfrentou – mesmo sem assumir isso – as
duas classes políticas mais fortes da chamada “Capital do Oeste”, tirando
Cláudia Regina (DEM) e Larissa Rosado (PSB) da disputa pela condição.
É por isso, por considerar sua
atuação “normal”, inclusive, que o magistrado – que também já foi oficial de
justiça, mas chama atenção mesmo por ter sido, antes, dançarino do cantor Beto
Barbosa – rejeita o título de “herói” ou de “verdadeiro responsável pela
mudança política de Mossoró”. “Só fiz o meu trabalho, talvez tenha sido um
pouco diferente por exercer mais o poder de polícia”, afirmou Herval Júnior,
filho do ex-vereador de Fortaleza Herval Sampaio. Apesar da ascendência
política, ressalta-se, o magistrado descarta a possibilidade de, um dia, entrar
para política. Na verdade, quer é ser ministro da justiça e voltar a ter
programa na TV mas, desta vez, na rede aberta, para conseguir chegar ao
“povão”.
Esses objetivos, porém, não
são as justificativas para aqueles que acham que, no pleito, Herval Sampaio
quis apenas aparecer. “Sou expansivo. Quem me conhece sabe que esse é meu
jeito”, repetiu em diversos momentos da entrevista. Talvez por isso, inclusive,
Herval tenha alterado a voz, falado mais alto, justamente, nos momentos em que
a resposta incluía a defesa ao Judiciário nas eleições. Apontando a trapaça da
classe política, sempre com uma carta na manga, o magistrado afirmou que ela
era a verdadeira responsável por judicializar os pleitos.
E mais: afirmou também que é
preciso avançar, e muito, no rigor da apuração dos pleitos eleitorais. Não na
contagem dos votos, mas sim com relação à caixa 2 e, consequentemente, compra
de votos. Só assim para o País sair do momento atual, em que os “mandatos são
verdadeiramente comprados”, conforme analisou o juiz. Então, como se diz nos
programas de TV, “agora com vocês, Herval Sampaio”:
Confira entrevista completa ao Jornal de Hoje AQUI
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