A crise na prestação de atendimento na rede estadual de
saúde pública tem novo capítulo, com a denúncia na Assembleia Legislativa de
que faltam bolsas de colostomia para pacientes que aguardam cirurgias eletivas
na rede hospitalar.
O deputado Dr. Kerginaldo (PL) levantou a questão, na
sessão da terça-feira (10), dizendo que alguns insumos, como a bolsa coletora,
é distribuída pelo Centro Estadual de Reabilitação e Atenção Ambulatorial
Especializada (Cerae), o antigo CRI, “mas como está muito difícil” para o
Estado autorizar a realização de cirurgias de construção do trânsito
intestinal, ou pelo menos distribuísse as bolsas aos pacientes, que “estão
usando sacos plásticos” daqueles de supermercados, “já que o governo está há
seis meses sem distribuir bolsa”.
Segundo Dr. Kerginaldo, a bolsa de colostomia que é usada
diariamente e cronicamente por esses pacientes, custa em torno de R$ 30,00 e
cobra da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) uma solução para as
pessoas que precisam: “Além de tirar a dignidade das pessoas, que estão com
autoestima baixa por essa situação, elas não têm acesso ao coletor, o governo
tem a obrigação de manter e regular essa distribuição, mas não tem competência
de resolver isso
Para o deputado estadual Gustavo Carvalho (PL) “é
importante que o povo do Rio Grande do Norte tome conhecimento” dessa situação,
razão pela qual enfatiza a denúncia do companheiro de partido de oposição ao
governo: “É impressionante que um insumo tão básico como a bolsa de colostomia
esteja sendo negado pelo Estado por falta de gestão. A verdade é essa”.
Carvalho prosseguiu: “Não podemos acreditar que uma coisa
que é cara para a pessoa que não pode, mas que é de graça para o Estado, custa
R$ 30,00, e não tenha suficientemente para atender a quem precisa. É um absurdo
isso”.
O deputado estadual Luiz Eduardo (SDD) somou-se aos
pronunciamentos dos parlamentares do PLO, para “mais uma vez para cobrar
solução para os problemas da saúde do Rio Grande do Norte”, depois dessa
denúncia sobre falta de bolsa coletora nos hospitais. “Aquelas pessoas que têm
de fazer cirurgia de colostomia estão tendo que usar saco plástico, correndo
risco de infecção”, lamentou.
Luiz Eduardo disse que está faltando uma série de insumos e de materiais necessários para cirurgias de baixa e média complexidades nos hospitais de urgência do Rio Grande do Norte: “É lamentável a situação da saúde do nosso estado, o povo sofrendo por falta de medicamentos, por falta de insumo e por falta de material”.
Tribuna do Norte