Puxada pela alta no preço da carne, a inflação medida pelo Índice do Custo de Vida (ICV) do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) foi de 1,04% em novembro, aumento de 0,11 ponto percentual em relação a outubro, que registrou inflação de 0,93%.
Segundo o Dieese, o principal fator de pressão em novembro foi a alta no grupo alimentação, de 2,81%. As carnes (10,79%) foram as principais responsáveis pela carestia, puxada pelo preço da carne bovina, com aumento de 11,01%, e pela suína, de 6,26%. A carne bovina já acumula alta de 26,12% em quatro meses.
A elevação dos preços de frutas, (6,09%), açúcar (11,98%) e farinha de trigo (5,65%) também contribuiu para formar a taxa de inflação.
A segunda maior alta no período ocorreu no grupo transportes (0,61%), resultado do reajuste do preço dos combustíveis (1,49%), principalmente o álcool (3,84%). Em seguida aparece o grupo habitação, com aumento de 0,4% puxado pelos aluguéis, impostos e taxas de condomínio (1%). Na saúde, a alta foi de 0,35%.
Entre dezembro do ano passado e novembro deste ano, o ICV registrou alta de 6,31%, com taxas anuais maiores (6,95%) para as famílias de menor poder aquisitivo, com renda inferior a R$ 377,49. Para as famílias de maior poder aquisitivo, com renda superior a R$ 2.792,90, a inflação foi menor: 5,95%. No acumulado do ano, entre janeiro e novembro, o aumento atinge 6,23%, puxado pelos grupos alimentação (10,25%) e habitação (6,38%). O aumento extraordinário do feijão este ano (94%), da carne (31,08%) e das aves (14,29%) contribuíram para a alta inflacionária em 2010.
Agencia Brasil
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