A greve dos
educadores termina da pior forma possível. Nos últimos dias o governo alimentou
uma expectativa muito grande, de que apresentaria uma proposta satisfatória
para os professores. Tenho vinte e oito anos de estado, participei de todas as
greves, mas nenhuma teve um fim tão trágico e constrangedor como foi essa.
Nunca um governador foi tão intransigente e indiferente com a categoria com foi
a governadora Rosalba Ciarline.
O que se viu ontem
(20), foi um total desprezo pelos educadores, quando não apresentou nada de
novo e ainda vetou a presença na audiência dos parlamentares, deputada federal
Fátima Bezerra (PT), deputado estadual Fernando Mineiro (PT) e senador Paulo
Davim (PV), sem falar nas ameaças do procurador geral do Estado, Miguel Josino, que
fez terrorismo na audiência e chegou a afirmar: “A multa diária contra o
Sindicato pode subir para R$ 100 mil, R$ 500 mil ou até um milhão”. Uma
pessoa truculenta, intransigente, desequilibrada e totalmente despreparado para
o exercício do cargo que ocupa. Trocou o dialogo pelas ameaças.
Com estas
atitudes, o governo sepulta a possibilidade de um grande pacto em defesa da
Educação, o estado de ressentimento, de frustração, traição e de revolta é
muito grande.
A decisão da categoria
é de se manter mobilizada, para desmacarar esta grande farsa, que é este
Governo Rosalba Ciarlini.
É lamentável que
parlamentares sejam proibidos de participarem de reuniões como a ocorrida
ontem. É algo incomum e delicado, em pleno estado democrático de direito. Há
poucas semanas, os deputados Fernando Mineiro e Larissa Rosado não tiveram direito à voz numa reunião
comandada pelo secretário Paulo de Tarso “ outra pessoa que demonstrou total
incapacidade de dialogo durante o período de greve”, que arrogantemente
bateu à mesa e bradou: “Acabou a reunião”.
Faltou um diálogo inicial; Agora existe uma
acomodação de interesses, visto que as duas partes estão exaustas de um combate
tão longo. Não existe vencedor, se contabilizarmos uma massa com milhares e
milhares de perdedores.
O Governo do Estado, pela forma antipática e
arrogante com que tratou a questão, desde o começo, criou uma multidão de
insatisfeitos e ressentidos.
Se hoje a governadora desse 100% de aumento
para o professorado, ainda não conseguiria arrancar o que inoculou na alma
dessa gente.
Faltou bom senso, mais do que dinheiro e
compromisso verbal. Faltou capacidade de diálogo; sobrou comportamento
autocrático e às vezes até uma linguagem estúpida, que poderia ter sido evitada.
Agora terá que pagar o preço pelos desatinos.
Nos próximos anos de gestão, a tarefa de
recompor a imagem será extremamente árdua.
A categoria está de parabens pela sua demonstração de força, coragem, luta e organização, poir seria se não tivessemos lutado. Perdemos uma batalha mas não perdemos a guerra.
José Gilberto Dias.
Eu tambem estou indignado Gilberto, principalmente como o governo, principalmente, sindicato conduziu as coisas nessa reta final. Te mndei um texto sobre isso.
www.aosvivosdailhadailusao.blogspot.com