O apagão de mão de obra pode ainda não ter atingido o Rio Grande do
Norte, mas a economia potiguar caminha para isso caso nada seja feito
para mudar o quadro em que se encontra atualmente. Essa hipótese foi
levantada ontem na audiência pública que debateu o Pronatec - Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - cujo objetivo é
expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos técnicos e
profissionais de nível médio, e de cursos de formação inicial e
continuada para trabalhadores. "O Pronatec é a porta de saída do Bolsa
Família, disse o deputado Antônio Carlos Biffi (PT/MS), relator do
projeto na Câmara dos Deputados.
A questão da mão de obra foi levantada pelo deputado estadual Fernando
Mineiro e pelo professor Hanna Safieh, diretor técnico-comercial da
Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern). Hanna relatou um
episódio ocorrido quando das obras de melhoria do Porto-Ilha de Areia
Branca. A Codern fez um acordo com as empresas vencedoras da licitação
para dar preferência à mão de obra local. Para cumprir o acordo, as
empreiteiras foram obrigadas a trazer técnicos de São Paulo, para fazer
o treinamento de trabalhadores em atividades específicas para aquela
área: solda subaquática, soldas especiais, mecânica, instalações
elétricas subaquáticas. "Hoje esses jovens estão empregados,
lamentavelmente não em nosso Estado, mas no pólo de Camaçari e em outros
locais."
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