A inexistência de um projeto para a educação aliado aos baixos
investimentos ao longo dos últimos anos e a ingerência dos diretores são
alguns dos fatores apontados pela secretária estadual de Educação,
Betânia Ramalho, para explicar o mau desempenho das escolas públicas do
Rio Grande do Norte no último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
"A
escola pública ainda não conseguiu definir seu projeto de educação e não
há uma continuidade nos investimentos nesse setor. Tudo isso reflete no
resultado da prova. Vai demorar um pouco para que os números do Enem
melhorem no nosso estado", afirmou Betânia durante entrevista coletiva
concedida ontem à tarde, na sede da Secretaria de Estado da Educação e
da Cultura (SEEC).
No ranking divulgado segunda-feira passada, a escola estadual
potiguar melhor classificada aparece na 2.399ª colocação. A secretaria
alega que a informação não pode ser analisada sem levar em conta algumas
variáveis. "É a mesma prova para todo o país.
Não podemos analisar
friamente. O investimento feito na região Sul do país, por exemplo, é
muito maior do que é feito no Nordeste. Quanto mais investimentos na
educação, melhor será o desempenho no exame. Infelizmente o MEC
[Ministério da Educação] quer igualar todos, mas sabemos que a realidade
socioeconômica é diferenciada em cada região", explicou.
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