Começa a dar resultado a mobilização
promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação para
reverter a decisão da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, que
fixou o INPC/IBGE como único fator de atualização do piso nacional do
magistério. Em reunião do Conselho Nacional de Entidades ocorrida sexta(16), o presidente da entidade, Roberto Leão, informou que a CNTE
conseguiu iniciar a negociação com o governo.
Segundo Leão, o apoio da deputada
federal Fátima Bezerra (PT-RN) foi fundamental no processo. "A Fátima
foi solidária conosco, articulou um requerimento de recurso contra a
decisão da CFT e obteve as assinaturas. Nesse meio tempo nós começamos a
negociar com o governo, com a perspectiva de reverter a questão",
explicou.
A votação da matéria deve ocorrer
somente em fevereiro. Mas a previsão é que no final de janeiro a CNTE
consiga a instalação da mesa de negociação proposta pelo então
Presidente Lula durante a Conae, ainda em abril de 2010, para resolver
as diversas pendências do texto da lei.
O presidente da CNTE confirmou que haverá greve nacional de três dias,
de 14 a 16 de março, pelo cumprimento da lei do piso. A CNTE e seus
filiados decidiram se valer dessa medida após avaliar a repercussão das
16 paralisações ocorridas esse ano. Segundo Leão, foram os movimentos
mais reprimidos e criminalizados nos últimos anos, apesar das greves
reivindicarem um direito garantido em lei. "Vamos unificar em três dias o
enfrentamento das políticas contrárias a implementação do piso.
Fevereiro vai ser o mês da mobilização, preparação e conversa com a
categoria", afirmou. (CNTE)
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