Se comparássemos o Governo Rosalba com o Papai Noel, teríamos um mau
velhinho. Daqueles que, em vez de dar os presentes, tira-os. Não
satisfeito em negar qualquer benefício a mais para os servidores neste
Natal, o Governo deixa de conceder direitos já conquistados em Lei, como
é o caso dos Planos de Carreira de diversas categorias.
Na última segunda-feira (12), O Governo recebeu mais uma vez os
sindicalistas para tratar do tema. Abriu as portas do Gabinete, mas
fechou a do cofre. O dinheiro que deveria ser usado para cumprir a Lei
do pagamento dos Planos continua cuidadosamente trancafiado.
Rosalba já disse a que veio. Os recordes de arrecadação estufam os
cofres públicos de dinheiro. No entanto, o Governo faz caixa, única e
exclusivamente, para fabricar um Estado feito de concreto armado e, para
tanto, se utiliza do dinheiro que deveria ser usado para valorizar o
serviço público e seus profissionais.
O modelo Rosalba de Governar traz em si a máxima do atraso: “Tudo
para o artificial, nada para o social”. O que importa se há prejuízo e
luto no serviço público quando há festa de lucro nas empreiteiras?
Importa muito! Enquanto um pequeno grupo de privilegiados festeja, os
servidores e a população usuária do serviço público pagam pela visão
atrasada do Governo. Educação, saúde, assistência social e rural,
trânsito e segurança vão de mal a pior.
Não é à toa que a Governadora foi vaiada no lançamento das obras do
aeroporto São Gonçalo do Amarante. Não é à toa que a população do
Estado rejeita seu governo em todas as pesquisas.
A atitude do Governo não deixa outra saída aos servidores: a luta por
seus direitos e pela valorização do serviço público. O movimento de
funcionários públicos insatisfeitos que em 2011 deu ao Estado a alcunha
de “Rio Greve do Norte”, tem tudo para se repetir com ainda mais força
em 2012.
A luta que se desenha não será apenas a defesa do cumprimento de uma
Lei que beneficia servidores. Ela traz na sua essência a defesa do
crescimento do Rio Grande do Norte a partir do seu povo e não apenas de
prédios e máquinas. Deverá ser a atitude popular para impedir que o
Estado continue trilhando o mesmo caminho que levou Natal ao abismo em
que se encontra. Trata-se, portanto, de uma luta de toda a sociedade
norte-rio-grandense.
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