A média de médicos por mil habitantes que atendem no Sistema Único de
Saúde (SUS) é 3,1 nas regiões Norte e Nordeste, 1,9 no Sul e 2,4 no
Sudeste, indicou a pesquisa o Estado no Brasil, que analisa a atuação do
Estado em diversas áreas, divulgada pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo a pesquisa os dados permitem
concluir que os profissionais mais bem qualificados estão concentrados
nas regiões mais desenvolvidas economicamente.
De acordo com o presidente do Ipea, Márcio Pochmann, a desigualdade na
saúde ocorre porque os equipamentos e a presença dos profissionais é
diferenciada. “O Estado tem uma atuação bastante complexa do ponto de
vista de um país continental e com uma população que é a quinta do
mundo. Essa complexidade é maior pelo fato de termos um sistema único de
saúde especialmente na atuação pública fazendo com que todo o país seja
atendido embora as regiões mais ricas sejam aquelas que possuem
melhores equipamentos e maior presença de profissionais, quando os
estados mais pobres não têm o mesmo padrão de intervenção”.
Na área da educação o estudo mostrou que a taxa de frequência
permanente no ensino fundamental é maior em Mato Grosso do Sul (94,4%),
no Ceará (93,5%) e em São Paulo (93,4%) e mais baixa no Pará (87,2%),
Sergipe (87,3%) e em Pernambuco (87,6%).
Segundo Pochmann, o resultado
mostra que o acesso à presença na escola não é universalizado no país.
No caso do ensino médio, o Distrito Federal tem maior permanência com
68,8 % da população na escola, seguido por Goiás (64,1%) e Mato Grosso
(60,9%). No outro extremo aparecem Roraima (31,6%), Acre (33,3%) e
Amazonas (34,4%). O resultado é 2,2 vezes de diferença entre um extremo e
outro. “A taxa de frequência do ensino médio é inaceitável. O Brasil
precisa universalizar não apenas o ensino fundamental, mas também o
médio, pois eles são requisitos básicos da sociedade de conhecimento e
construção”.
A pesquisa também analisou a presença dos bancos públicos nas regiões.
Quando se fala em número de agências bancárias por mil habitantes o
resultado é que há 5,3 agências no Sul, 3,9 no Centro-Oeste, 3,7 no
Sudeste, 2,8 no Nordeste, e 2,6 no Norte. Quanto a cobertura bancária é
medida por número de cidades em cada região, o Centro-Oeste tem a maior
cobertura com 66% dos municípios atendidos, o Sudeste tem 60,2%, o Sul
56,8%, o Nordeste 39,4% e o Norte 38,3%.
Na área de segurança pública, a polícia civil está presente em 82,4%
dos municípios brasileiros, o número de delegacias no país é de 4.660. O
Nordeste é a região que concentra o maior número de delegacias (1.794),
seguido do Sudeste com 1.668, do Sul com 1.188, do Centro-Oeste com 466
e do Norte com 449.
Fonte: Agencia Brasil
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