Os açudes continuam
cheios no Oeste potiguar, mas falta água na torneira de muita gente. Sem uso,
os quase 600 milhões de metros cúbicos da barragem Santa Cruz do Apodi
escorrem, aos poucos, para o rio ou evaporam com o sol de quase 40 graus.
Enquanto isso, a adutora Alto Oeste, com 367 quilômetros de extensão, que
beneficiará 65 comunidades e 26 municípios da região, continua inacabada.
A obra, que iniciou em 2009, e seria concluída em 18 meses, foi orçada em R$ 138 milhões. Porém, os serviços pararam em 2010 e não recomeçaram mais. De acordo com o secretário da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH), Gilberto Jales, o motivo foi a repactuação do projeto que elevou seus custos em mais R$ 17 milhões.
Na
época, o governo do estado disse que assumiria a despesa, mesmo sem ter
recursos específicos para esse fim. Com a mudança de comando no Estado, os
problemas foram transferidos, incluindo uma dívida de R$ 4 milhões com a
empresa EIT, empreiteira contratada. Como a obra ficou parada, gerou ainda um
custo de manutenção que será agregado a essa despesa.
De acordo com Gilberto
Jales, o governo está em negociação com a empresa vencedora da licitação para a
retomada da obra. O término do projeto será custeado com recursos próprios.
"A previsão inicial para a retomada da obra seria neste mês de março, mas
como existe a necessidade de recontratar uma supervisão, daqui a uns 40 dias é
provável que os trabalhos sejam iniciados", disse o secretário.
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