O governo baiano pretende "fabricar" chuva
para amenizar os efeitos da prolongada estiagem no Estado, que deixa 238 dos
417 municípios em situação de emergência e afeta, segundo a administração
estadual, 2,7 milhões de pessoas. Segundo a Empresa Baiana de Desenvolvimento
Agrícola (EBDA), os prejuízos causados pela seca, considerada a maior no Estado
nos últimos 47 anos, ultrapassam R$ 100 milhões.
A Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma
Agrária (Seagri) está finalizando os estudos, junto com o Instituto do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos do Estado (Inema), para o início da operação de
indução de chuvas nas áreas mais castigadas pela seca, as regiões de Irecê, na
Chapada Diamantina, e de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano.
A tecnologia para a "fabricação" de
chuva consiste em pulverizar, com uso de aviões, água potável em nuvens que
estejam nas regiões, tornando-as mais densas e propensas à precipitação.
Segundo a Seagri, o procedimento, criado no Brasil, não agride o meio ambiente
e, além de diminuir problemas de abastecimento, ajuda na recuperação de
nascentes. A técnica já vem sendo adotada, nos últimos anos, em fazendas
particulares que atravessam problemas pontuais de fornecimento de água, com
bons resultados.
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