O Ministério da
Fazenda anunciou nesta segunda-feira um pacote de medidas para aquecer o
consumo e combater os efeitos da crise financeira internacional. Entre as
medidas, que beneficiam o setor automotivo e a produção de bens de capital,
está uma redução de até sete pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI)para a venda de carros. As medidas valem até
31 de agosto.
Como continua
valendo o regime automotivo especial, que beneficia a maior parte dos veículos
fabricados no país com um corte de 30 pontos percentuais no IPI, um carro 1.0
nacional, que tinha IPI de 7%, passa a ter isenção da taxa.
O pacote foi
discutido com os bancos e com as montadoras. As fábricas se comprometeram a
reduzir o preço dos automóveis. Para veículos de até 1.000 cilindradas, haverá
redução de 2,5%. Os carros entre 1.000 e 2.000 cilindradas terão o preço
cortado em 1,5%. Para os utilitários, redução será de 1%. As companhias também
devem realizar promoções especiais no período.
“O resultado
esperado para essas medidas é a redução do custo do investimento. Em segundo
lugar, a redução do preço dos veículos ao consumidor. É mais uma medida para
garantir a continuação do crescimento econômico num momento de crise na
economia internacional, onde o governo tem que tomar mais medidas de estímulo
para rebater a influência dos problemas”, afirmou o ministro da Fazenda, Guido
Mantega, durante entrevista coletiva.
Crédito – De acordo com Mantega, os bancos
públicos e privados se comprometeram a aumentar o volume de crédito para o
financiamento de veículos, além de elevar o número de parcelas e reduzir o
valor da entrada e dos juros dos empréstimos. Como contrapartida, Banco Central
vai liberar parte do valor compulsório recolhido pelos bancos, o que deve
facilitar a concessão de crédito. Essa medida não tem prazo de encerramento.
“As medidas são
o resultado de um compromisso assumido entre o setor privado, o setor produtor
e o setor financeiro. Cada um deles se juntou e nos unimos para estabelecer
medidas para que cada um desse a sua contribuição no sentido de reduzir o custo
dos produtos”, disse Mantega.
PIB - Apesar do pacote, o ministro Mantega
admitiu que o Produto Interno Bruto (PIB) dificilmente crescerá em 2012 os 4,5%
previstos pelo governo. “É mais difícil agora crescer 4,5% no ano como um todo.
Porém, a aceleração da economia virá, porque nós tomamos várias medidas que
demoram a fazer efeito”, disse ele.
Fonte: Veja
0 comentários:
Postar um comentário