“A falta de compromisso do Governo do Estado com os
funcionários empurra a categoria para uma greve”, disse a coordenadora geral do
Sinte, Fátima Cardoso. O Sindicato tem buscado o diálogo, apresentado soluções
para o impasse, mas as negociações em relação ao Plano de Carreira dos
Funcionários não avançam, por puro desinteresse do Governo.
A secretaria de Educação, Betânia Ramalho, mantém um
discurso que tem como único interesse protelar o pagamento do PCCR e a garantia
de outros direitos da categoria. Diz que o Governo tem intenção de resolver
essas questões, mas no momento está buscando solução para as categorias em
greve. Fátima Cardoso desabafa: “por que o Governo critica as greves e nos
empurra a organizar uma para nossa voz chegar até ele? Não seria mais simples
que nos ouvissem nas audiências, nas reivindicações do dia-a-dia? Essa situação
é desgastante, não dá mais para ficarmos acompanhando um discurso recheado de
palavras bonitas que não efeito real nenhum.”.
A última audiência com a secretária, realizada no dia 15,
foi mais um encontro que não respondeu às expectativas do Sinte. A reunião teve
como objetivo discutir a pauta de reivindicações da categoria e buscar um
consenso sobre os Planos de Carreira, mas a maioria das questões continuou sem
definição.
Segundo Fátima Cardoso, a direção saiu da audiência com a
sensação de que a secretária não entende que a pauta pertence a sua pasta.
“Quando conversamos parecia até que o assunto não tinha relação com a SEEC, mas
nada disso irá desalentar a direção deste Sindicato, pois sabemos qual o
caminho a percorrer.”, disse. Naquela audiência foram discutidos:
Pagamento das outras parcelas do Plano de Carreira;
Pagamento da primeira parcela do Plano a quem nunca
recebeu;
Correção da tabela salarial em 14,13% do PCCR;
Reativar o Conselho Político do Pro-funcionário;
Pagamento dos processos que foram encaminhados pela
comissão do Plano para serem liquidados.
Fátima Cardoso afirmou que a resposta da secretária foi
de que o Governo cuidará dos profissionais que estão em greve, deixando claro
que a gestão não tem qualquer compromisso com a categoria. “É preciso que os
Funcionários atendam ao chamado do Sinte para participação nas atividades de
luta, pois ela precisa ser fortalecida. O momento é definição. Precisamos ser
mais enfáticos, já que o Governo se faz surdo diante das nossas reivindicações.
O que pedimos não é favor. É o cumprimento de uma obrigação que é do Estado.
Vale lembrar ainda que na audiência anterior, realizada
em fevereiro, a secretária assumiu o compromisso de consultar a comissão de
enquadramento e estudar a situação. Mais de 60 dias se passaram e nada de
resposta para o impasse. “A pauta é a mesma, a situação é a mesma. Não há mais
o que se apresentar ao Governo e a nossa parte foi feita durante muito tempo
para evitar uma paralisação. Agora essa negociação eterna ficou insustentável.
É preciso falar com a única linguagem que o Governo entende: greve!”, finalizou
a dirigente
Fonte: Sinte
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