Reservatório de Santa Cruz está com apenas 70% de sua
capacidade, antes mesmo das adutoras do Alto Alto e Mossoró entrarem em
atividade.
Na próxima quinta-feira (12), o ministro Fernando Bezerra, da Integração
Nacional, vai a Apodi, assinar a ordem de serviço para investir R$ 280 milhões
na instalação do Distrito Irrigado da Chapada do Apodi, contrariando os
interesses dos produtores locais.
Beneficia diretamente ao agronegócio, que segundo a doutora Raquel
Rigotto, da Universidade Federal do Ceará, é responsável por inúmeras doenças
graves, como câncer, deformação na formação da gravidez, entre outras em
pessoas destes seguimentos.
O Distrito Irrigado da Chapada, que tanto o deputado federal Henrique
Eduardo Alves, do PMDB, defende, pois quem vai fazer é o aliado dele que é
diretor presidente do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), vai
receber água da Barragem de Santa Cruz.
O segundo questionamento que se faz é se o reservatório construído para
abastecer as cidades do Alto Oeste e Mossoró com capacidade de armazenar 600
milhões de metros cúbicos de água, tem vazão suficiente para irrigar 5 mil
hectares na chapada.
O terceiro questionamento é quanto o custo de manutenção e da energia para
bombear a água da barragem de Santa Cruz a uma altura de 60 metros para
alimentar os canais na Chapada do Apodi. Em outros projetos, o custo foi
elevadíssimo. Inviável.
Em muitos outros distritos irrigados, a energia teve que ser subsidiada
pelo Estado. O quarto questionamento dos agricultores da região é quanto ao uso de
agrotóxico, que além de prejudicar a saúde humana, também é visto com fator
devastador na produção da apicultura. Para os apicultores, o veneno do
agronegócio mata as abelhas.
Estes questionamentos estão em aberto, enquanto o deputado Henrique Alves
cobra pressa para o governo indenizar os mais de 300 pequenos proprietários de
terras onde será instalado o Distrito Irrigado, classificado pelos agricultores
como distrito envenenado.
0 comentários:
Postar um comentário