O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) teve nesta
quinta-feira (11) o mandato cassado por 56 votos a favor, 19 contra e 5
abstenções.
Um dos principais líderes da chamada “bancada
ética” do Senado, Demóstenes foi flagrado em escutas pela Polícia Federal em
situações que sugerem o uso do cargo em benefício do suposto esquema criminoso
comandado por Carlinhos Cachoeira.
Além disso, é acusado de ter mentido em
plenário quando disse que somente mantinha relação de amizade com o empresário.
Até hoje o Senado só cassou o mandato de Luiz Estevão (DF), em 2000, no
escândalo de desvio de recursos das obras do Tribunal Regional do Trabalho de
São Paulo.
O ex-líder do DEM ficará inelegível até 2027
(oito após o término da legislatura para o qual foi eleito), quando terá 66
anos.
A vaga de Demóstenes deverá ser ocupada por
seu suplente, o empresário Wilder Pedro de Morais, atual secretário de Infraestrutura
de Goiás. Morais é ex-marido de Andressa Medonça, noiva de Cachoeira, pivô do
escândalo que envolveu Demóstenes. A votação que levou a perda do mandato de
Demóstenes foi secreta e os senadores foram proibidos de revelar o voto.
Do UOL
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