O envelhecimento dos campos de petróleo e gás natural,
associado a fatores como a falta de grandes novas descobertas levaram não só a
produção, mas também as reservas do Rio Grande do Norte a afundarem nos últimos
dez anos. Entre 2002 e 2011, as reservas provadas de gás natural do
estado, no mar, caíram pela metade e a produção, também no mar - área que
é a grande aposta da Petrobras a partir de 2013 - encolheu 63,88%. Os dados são
do Anuário 2012 da Agência Nacional de Petróleo (ANP), divulgados esta
semana, e avaliam a evolução no período de 2002 a 2011.
Embora não tenham relação entre si, a queda nas reservas
é considerada por especialistas mais preocupante do que o declínio na produção
e pode puxar para baixo a capacidade de atração de investidores para o
estado.
As reservas provadas de gás natural no mar e em terra caíram 55,6% e
59,12%, respectivamente, entre os anos 2002 e 2011. A produção de gás natural,
no mar, encolheu 13,59%, em 2011, se comparada a 2010. Já a produção de
petróleo no mar, neste período, caiu -26,29%.
O presidente da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Petróleo
(Abpip), Anabal Santos Júnior, alerta para dificuldades em captar novos
investimentos caso a queda nas reservas não seja contornada.
A situação, segundo ele, se agravou devido a dois
fatores: as atenções voltadas para a exploração da camada do pré-sal e a não
realização de novos leilões, nos últimos seis anos.
Fonte: Tribuna do Norte
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