A família da adolescente
Angélica Raíssa Dantas, de 17 anos, que morreu por volta das 2h30 de ontem em
acidente de trânsito na rodovia estadual RN-117, no município de Olho D'Àgua
dos Borges, precisou esperar 13 horas para conseguir liberar o corpo da filha
no Itep de Mossoró. Faltava necrotomista de plantão para auxiliar o médico
legista nos procedimentos necessários à liberação do corpo.
O procedimento só pode ser realizado no início da
tarde de ontem, após a família e a funerária que prestava assistência
providenciarem o traslado para o necrotomista do Itep de Caicó - cidade onde
residia Angélica Raíssa Dantas.
A deficiência na sede do Itep de Mossoró, segundo
relatos de servidores, não é pontual. A escala do feriado de ano-novo não
contemplava necrotomista, segundo relataram funcionários, apesar de haver
médico legista. Os relatos são de que o problema é recorrente e, não raramente,
ocorre o inverso - há necrotomista, mas falta médico.
Além de Angélica Raíssa Dantas, havia ainda
outros dois corpos que só puderam ser liberados após o improviso da família e
do empresário da funerária, Samaroni Dantas. "Conheço a família e
recorremos ao amigo, que é necrotomista aqui em Caicó que de pronto
aceitou", disse o empresário.
A deficiência de pessoal do Itep da segunda maior
cidade do Estado obrigou a família da jovem Angélica Dantas adiar o
velório para a noite de ontem, quase 20 horas após o falecimento.
Angélica Raíssa Dantas viajava em um Fiat Uno, de
placas MUD-6688/Natal-RN, conduzido pelo professor de educação física Francisco
Adaécio Dias Lopes, 31 anos. Também estava no veículo Carla Vanessa dos Santos
Silva, de 18 anos, que foi socorrida para o Hospital Regional Tarcísio Maia, em
Mossoró.
Fonte: Tribuna do Norte
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