prognóstico oficial de chuvas no semiárido do Nordeste
para os meses de fevereiro, março e abril é de maior probabilidade de chuvas na
categoria abaixo da média histórica. A previsão climática foi obtida em reunião
realizada em Fortaleza, nos dias 23 e 24 de janeiro de 2013, sob coordenação da
Fundação Cearense de Meteorologia do Estado do Ceará (Funceme), com
participação dos núcleos estaduais de meteorologia do Nordeste, Centro de
Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), Instituto Nacional de Meteorologia
(INMET).
O principal parâmetro que
influenciou na conclusão de incidência de poucas chuvas nos próximos meses foi
a condição apresentada pelo oceano Atlântico Norte, aonde predominaram águas
mais quentes em relação ao setor sul deste oceano. As demais regiões que estabelecem
relação com as chuvas na região - Oceano Pacífico e Atlântico Sul- apresentaram
condições neutras.
"No entanto é
preciso salientar que o comportamento dos parâmetros oceânicos-atmosféricos
apresentados durante o mês de dezembro de 2012 não é definitivo para uma
previsão conclusiva referente ao comportamento das chuvas no período de
fevereiro a maio de 2013, até porque na análise das condições de anomalia da
superfície de mar referente a última semana entre os dias 16 a 23 de janeiro de
2013 mostra uma diminuição do aquecimento do oceano atlântico norte e
aquecimento no atlântico sul, principalmente na costa da África, mostrando uma
evolução favorável para a ocorrência de chuvas na região", diz o documento.
Com a confirmação,
o secretário do Meio ambiente e Recursos Hídricos, Gilberto Jales, disse que a
perspectiva de um período fora do normal já vinha sendo trabalhada desde as
previsões de novembro e dezembro. Jales reforça que a situação é muito
preocupante. "Diferente da seca de 2012, quando os reservatórios do Estado
estavam com volumes médio entre 50% e 60%, se tivermos nova seca em 2013, a
situação dos reservatórios que hoje já estão com volumes em torno de 30% -
muitos dele até abaixo, se agravará", destaca.
As medidas
apresentadas pelo governo estadual, em parceria com outros órgãos, para manter
o quadro de seca sob controle vai do alerta à população pedindo o uso mais
consciente da água até a retomada de obras estruturantes que estavam
paralisadas e racionamento parcial do recurso em algumas regiões. "É
importante sempre alertar a população que a água é o bem mais escasso do mundo.
Em muitos países isso rende até guerra", cita.
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