Apesar de ter as tarifas reduzidas a partir do mês que
vem, com a prorrogação dos contratos de concessão, o consumidor terá de arcar
com um novo custo na conta de luz: o "risco hidrológico".
O termo técnico indica um
gasto extra que ocorre principalmente em épocas de seca, quando a produção das
hidrelétricas diminui e a empresa é obrigada a comprar energia no mercado livre
(cujos preços não são regulados) para honrar seus compromissos com os clientes.
Nos contratos antigos, as
elétricas tinham uma remuneração maior pelo serviço prestado. Por isso, ficava
a cargo delas arcar com o custo da compra de energia se houvesse dificuldade
para cumprir os compromissos.
Com a renovação das
concessões, a tarifa vai cair, na média, 20%, segundo compromisso do governo.
Porém, o consumidor passará a assumir essa conta maior se for preciso comprar
mais energia no mercado livre.
A mudança passará a valer a
partir do dia 5 de fevereiro, quando ocorre a revisão tarifária extraordinária
das distribuidoras. É nesse dia também que o consumidor saberá se o desconto na
tarifa realmente será o prometido.
Se houver necessidade de ampliação da estrutura ou
qualquer novo investimento, o consumidor também terá que bancá-lo. Antes,
porém, a Aneel terá de avaliar a necessidade do projeto.
Ainda não existe um cálculo
estimado sobre o impacto do risco hidrológico ou dos futuros investimentos das
elétricas sobre as tarifas. O consumidor irá descobrir o valor do reajuste
anualmente, nas revisões tarifárias.
Folha Uol
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