Para tentar salvar a
cadeia produtiva da pecuária do Rio Grande do Norte, a Federação de Agricultura
e Pecuária (Faern) vai solicitar o aval do Governo do Estado para um empréstimo
de R$ 235 milhões. Além disso, a Faern estima em R$ 15 milhões o investimento
necessário para instalar todos os poços tubulares já perfurados no Estado. As
reivindicações fazem parte do relatório elaborado pelo órgão após a expedição
"Retratos da Seca". O documento será entregue na próxima
segunda-feira à governadora Rosalba Ciarlini, mas parte dele já foi apresentado
ao presidente da Assembleia Legislativa (AL), deputado Ricardo Motta.
No início da tarde de
ontem, o presidente da Faern, José Vieira, participou de uma reunião com o
deputado. Segundo assessoria de imprensa da AL, o Poder Legislativo estadual
vai apoiar as reivindicações dos produtores rurais do RN quanto às medidas para
garantir a sobrevivência do rebanho potiguar dizimado pela seca. Esse apoio foi
garantido durante a reunião quando Vieira apresentou algumas informações sobre
o relatório da expedição "Retratos da Seca".
Para cobrar ações mais enérgicas e com impacto mais produtivo,
a Faern vai entregar um diagnóstico da atual situação de estiagem no Estado. O
documento será o extrato de uma visita feita, no período de 22 a 24 de
fevereiro, a cinco municípios localizados em três regiões do RN. Técnicos da
Faern foram à propriedades em Lajes, Santana do Matos, Apodi, Pau dos Ferros e
Caicó. "O objetivo é mostrar o que o homem do campo está enfrentando e
cobrar mais ações. Até agora, tudo está sendo feito de forma tímida enquanto
vivemos um apagão na pecuária e agricultura do Estado", frisou José
Vieira.
As perdas geram números preocupantes. A estiagem dura 19
meses e 30% do rebanho já foi dizimado. Na lavoura, a secretaria de Estado da
Agricultura, Pecuária e Pesca (Sape) estima uma queda de 70% na produção. São
quase 500 mil pessoas afetadas diretamente.
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