O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves
(PMDB), e o deputado federal Felipe Maia (DEM), filho do senador José Agripino
Maia (DEM), são apontados como beneficiários de “negócios suspeitos” com o
governo federal. As informações estão na revista IstoÉ, que chegou as bancas
neste final de semana.
A reportagem, intitulada “Os negócios suspeitos de Henrique Alves &
CIA”, mostra que o presidente da Câmara e mais quatro parlamentares são
questionados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por participarem de
empresas contratadas pelo governo federal. “Esses negócios teriam propiciado a
eles polpudos rendimentos”, diz a publicação.
A reportagem toma por base um relatório que TCU, órgão que durante dois
anos investigou a atuação de parlamentares suspeitos de valer-se de seus cargos
para obter contratos com órgãos públicos e empresas estatais. De acordo com o
relatório, de caráter sigiloso, cinco parlamentares são mencionados por
descumprir o artigo 54 da Constituição, que proíbe deputados e senadores de
exercer cargo executivo em empresas contratadas pelo governo.
Entre os envolvidos estão o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique
Eduardo Alves, o ex-ministro Eunício Oliveira (PMDB-CE), o ex-governador e
deputado Paulo Maluf (PP-SP) e o deputado Felipe Maia. Um quinto nome é
mencionado: José Gerardo, que perdeu o mandato em 2010, condenado por
corrupção.
Henrique Alves entrou no relatório por sua ligação com a Newtec, antiga
Cabugi Tec, uma produtora de eventos que realizou pelo menos dois contratos –
obtidos sem licitação – com a Petrobras. Conforme documentos da Junta
Comercial, anexados pelo TCU, a Newtec foi fundada pelo próprio Henrique Alves
em 1994, quando ele cumpria o sexto mandato consecutivo na Câmara. Em 2005,
quando se encontrava no oitavo mandato, o parlamentar passou 50% do capital a
um sobrinho, Aluizio Alves, mantendo a participação restante.
No caso de Felipe Maia, ele é citado por ser dono da maioria das cotas da
Comav, empresa de comércio de combustíveis de aviação. De acordo com a revista,
o democrata emplacou três contratos com a BR Distribuidora, com valores que
giram em torno de R$ 50 milhões por ano.
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