Em alusão a Semana da Educação, ocorre em todo país uma
greve com duração de três dias. O movimento é organizado pela Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e conta com as participações de
representantes sindicais de todos os estados brasileiros. No Rio Grande do
Norte, as ações são coordenadas pelo Sinte. “Além da nossa pauta nacional,
temos a pauta local”, diz o coordenador do sindicato Rômulo Arnauld, que
reforça que a paralisação inclui as escolas municipais e estaduais.
Além da greve nacional, o foco é a valorização dos profissionais em
educação. "Esta semana tradicionalmente se destina ao debate das questões
educacionais e terá como prioridade o debate sindical da mobilização, mais um
ano que estaremos lutando para que o piso salarial nacional seja efetivamente
aplicado no nosso país com uma greve nacional nos dias 23, 24 e 25 de
abril", explica em nota o presidente da CNTE, Roberto Leão. No dia 24 de
abril será realizado um ato com representação dos estados na Câmara dos
Deputados, em Brasília e também atos locais nas sedes de governo estaduais e
municipais pelo país.
Segundo Rômulo, essa é a 14ª edição promovida pela CNTE. “O debate envolve
piso salarial, o plano de carreira, a redução da jornada de trabalho, a
aprovação do Plano Nacional de Educação e a destinação de 100% dos recursos do
pré-sal para o setor”, diz.
A programação em Mossoró inicia nesta terça (23) às 07h30 no Sesi com uma
assembleia geral. Na quarta (24), ocorre a tribuna popular, a partir das
09h30, com atos na Câmara Municipal e a discussão de temas voltados às
categorias. Na quinta (25), os profissionais do setor discutem o Plano Nacional
da Educação, no Sesi, a partir das 14h.
O coordenador do Sinte diz que o momento é propício para as discussões,
principalmente devido os últimos embates da categoria com o Governo do Estado,
em relação a redução da carga horária e pagamento de horas extras aos
professores. “A justiça deu ganho de causa em uma ação sobre a redução da
jornada de trabalho. Foi determinado, em caráter liminar, que o estado deve
pagar as horas extras trabalhadas, pois 1/3 da carga horária deve ser
destinada para atividades extraclasse”, defende Rômulo que menciona ainda a
revisão do plano de carreira do magistério, que, segundo ele, “ainda está
na Assembleia Legislativa e não avançou.”, finaliza.
Fonte: Jornal de Fato
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