O deputado federal Betinho Rosado vai pedir ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) a autorização para deixar o DEM. A ação será ajuizada
nesta terça-feira (24), em Brasília. Betinho antecipou que alegará
discriminação que, segundo ele, vem sofrendo do partido há alguns anos.
Para provar o argumento, a ação apresentará documentos das eleições de
2010, em que o DEM ofereceu apoio financeiro a vários candidatos, inclusive de
outras legendas, mas deixando Betinho Rosado de fora.
Segundo ele, o DEM ajudou na campanha do deputado federal Felipe Maia,
filho do presidente nacional do partido, senador José Agripino, com R$
700 mil; Rogério Marinho, que é do PSDB, recebeu R$ 200 mil; Raimundo
Fernandes, do PMN, foi beneficiado com R$ 200 mil. Também receberam apoio
financeiro do DEM a deputada Gesane Marinho, hoje do PSD, e o ex-deputado
Francisco José, do PMN.
“Eu não recebi qualquer apoio financeiro do partido”, afirmou.
Outro argumento é que nos 18 anos de mandato na Câmara Federal, Betinho
nunca recebeu do seu partido o direito de presidir comissão ou de pelo menos
ser relator de matéria importante. “O partido sempre me negou essa indicação”,
reclamou.
Quanto ao seu futuro partido, Betinho vê possibilidade entre duas siglas:
o PTB, que está sem presidente no RN e é comandado no País por Benito Gama, com
quem tem bom relacionamento; e o PP, que é hoje é controlado pelo vereador
natalense Rafael Motta, filho do presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo
Motta.
Mesmo o TSE não concedendo a permissão de desfiliação do DEM, Betinho
Rosado sairá do partido. Para não ser alcançado pela Lei da Fidelidade
Partidária, se filiará a uma legenda nova, que é permitido por lei.
Jornal de Fato
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