Funcionários da rede
estadual de educação estão indignados com o descumprimento do Plano de
Cargos,Carreiras e Remuneração. No mês de julho, os progressos da vida
funcional adquiridos por esforço dos servidores deverão começar a ser
aplicados. No entanto, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação
Pública do Rio Grande do Norte (Sinte/RN), não existe o vislumbre do
cumprimento da legislação vigente.
"Para
o cumprimento, seria necessária uma regulamentação. No entanto, o Governo do
Estado nunca regulamentou. Nem a parte financeira vem sendo cumprida, quanto
mais as progressões. Lamentamos essa postura da administração estadual porque
existe a lei e ela não vem sendo respeitada pelo Poder Executivo", afirma
o coordenador-geral do Sinte/RN, Rômulo Arnaud.
Aprovado
em 2010, o Plano de Carreira dos funcionários foi aprovado como a Lei
Complementar 432, de 1º de julho de 2010, que instituiu o Plano de Cargos,
Carreiras e Remuneração dos Órgãos da Administração Direta do Poder Executivo.
A legislação fixa as diretrizes básicas da política de ingresso, carreira e
remuneração dos servidores. Somente uma das três parcelas do plano foi paga, no
valor de 30%, ainda no ano de 2010.
O
Governo do Estado, por sua vez, diz que a legislação não pode ser cumprida em
virtude da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). "O Sinte/RN vem tentando
audiência com o secretário estadual da Administração, mas ainda não conseguiu.
Tivemos, inclusive, uma audiência desmarcada. Não temos conseguido avançar. O
Estado alega estar no limite prudencial para não implantar o plano",
explica Rômulo Arnaud.
Ainda
segundo o coordenador-geral do Sinte/RN, o governo conseguiu reverter decisões
judiciais no Supremo Tribunal Federal (STF). "Infelizmente o ministro
Joaquim Barbosa entendeu que o governo não tem obrigação de pagar os planos até
sair do limite prudencial. No entanto, o entendimento da nossa assessoria jurídica
é que a decisão não cabe aos planos aprovados anteriormente. Vamos fazer
pressão política e também tentar reverter judicialmente essa questão",
destaca.
O Mossoroensse
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