A aprovação do governo de Dilma
Rousseff caiu 27 pontos percentuais em três semanas, após a explosão de
manifestações pelo País. Segundo pesquisa do Insituto Datafolha divulgada neste
domingo, atualmente 30% dos brasileiros consideram a gestão da petista boa ou
ótima.
Na
primeira semana de junho, antes da onda de protestos, a aprovação era de 57%.
Em março, seu melhor momento, o índice era mais que o dobro do atual, 65%.
Atualmente, a maioria avalia o mandato da presidente como regular (43%) e 25% o
consideram ruim ou péssimo (ante 9% que deram essa resposta há cerca de um
mês). Em dois dias, o Datafolha ouviu 4.717 pessoas em 196 municípios. A
margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos.
Entre
os mais jovens, a taxa de aprovação a Dilma fica abaixo da média (24%), assim
como entre aqueles com ensino superior (21%), entre os mais ricos (21%) e em
cidades com mais de 500 mil habitantes (24%). Nos estrato de menor
escolaridade, sua aprovação fica acima da média (38%), situação que se repete
entre os mais pobres (35%), na região Nordeste (40%) e em cidades de menor
porte, com menos de 50 mil habitantes (38%).
Numa
escala de 0 a 10, a nota média da presidente caiu de 7,1 para 5,8. A queda
de Dilma é a maior redução de aprovação de um presidente entre uma pesquisa e
outra desde o plano econômico do então presidente Fernando Collor de Mello, em
1990, quando a poupança dos brasileiros foi confiscada. Naquela ocasião, entre
março, imediatamente antes da posse, e junho, a queda foi de 35 pontos (71%
para 36%).
O
Datafolha perguntou sobre o desempenho de Dilma frente aos protestos. Para 32%,
sua postura foi ótima ou boa; 38% julgaram como regular; outros 26% avaliaram
como ruim ou péssima.
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