No quarto dia de greve de agentes e escrivães da Polícia Civil, a categoria realizou o enterro simbólico da Segurança Pública do Rio Grande do Norte em frente ao prédio da Governadoria do Estado, na manhã de hoje. Antes, eles promoveram uma carreata entre o bairro de Cidade Alta e o Centro Administrativo, para alertar à sociedade sobre a falta de estrutura das delegacias e as precárias condições em que são obrigados a trabalhar.
Com um caixão fechado e 365 cruzes brancas, representando as cerca de 950 pessoas assassinadas no Estado apenas nos sete primeiros meses deste ano, eles tentaram, mais uma vez, serem ouvidos pela governadora Rosalba Ciarlini, sem sucesso. A falta de diálogo com o Governo é uma das reclamações da categoria, que reivindica melhores condições de estrutura das delegacias do Rio Grande do Norte e também de trabalho, para exercerem suas atividades.
“De todos os inquéritos policiais, apenas 5% são solucionados porque não temos as mínimas condições de fazermos os nossos trabalhos nas atuais condições que o Governo dá à Polícia Civil, que vive sucateada e com déficit de profissionais. E isso tem gerado um aumento descontrolado da violência e da sensação de impunidade nos bandidos, que sabem que não serão punidos porque a polícia não tem condições de trabalhar como se deve”, afirmou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do Estado (Sinpol/RN), Djair Oliveira.
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