A crise no Rio Grande do
Norte não interfere na economia, apenas, do poder público. Tem afetado
diretamente o setor privado e a geração de empregos. Quem aponta é
o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho
(Caged), em dados divulgados hoje (21) que confirmaram o alerta que vem sendo
feito há cerca de três meses pelo presidente do Sistema Federação de Comércio,
Serviços e Turismo do RN (Fecomércio/RN), Marcelo Queiroz, acerca da
dificuldade cada vez maior de geração de novas vagas no estado e, em particular,
no setor de Comércio e Serviços.
De acordo com os dados, em julho, o setor representado
pela Fecomércio contabilizou um saldo positivo de 387 empregos com carteira
assinada, um número bem distante dos 1.134 novos postos contabilizados no mesmo
mês de 2012. Com relação ao acumulado, enquanto de janeiro a julho de 2012, o
setor de Comércio e Serviços emplacou um saldo positivo de 6.990 novas vagas,
este ano foram 3.563. Ou seja: a geração de empregos foi quase a metade de um
ano para o outro.
“Eu venho dizendo que estamos
no limite da geração de empregos e precisamos estimular o setor produtivo e as
atividades que são fortes na nossa economia. O setor de Turismo, por exemplo,
precisa de mais atenção. É preciso, também, estimular novos investimentos”, afirma
Marcelo Queiroz.
O presidente da Fecomércio RN
também comenta a visão do “pleno emprego”, que vem sendo apontada por alguns
economistas como um dos motivos da queda no ritmo de abertura de novas vagas.
“Se considerarmos um percentual de desemprego na casa dos 5% sobre a População
Economicamente Ativa do Rio Grande do Norte, que é de cerca de 1,7 milhão de
pessoas, temos aproximadamente 85 mil pessoas ainda fora do mercado de
trabalho.
Mesmo descontando aqueles que
ainda precisam se qualificar melhor e os que não estão em busca de emprego
neste momento, ainda temos um contingente razoável de pessoas no mercado,
precisando de emprego e de ter uma renda. É para elas que precisamos seguir
abrindo vagas”, diz.
Fonte: Portal no Ar
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