Com a greve dos servidores
da saúde da rede estadual, que se iniciou na última quinta-feira (01), os
atendimentos nos maiores hospitais públicos ficaram prejudicados. No Hospital
Walfredo Gurgel (HWG), a situação é a mais crítica. O atendimento no ambulatório
de queimados, que funciona normalmente três vezes por semana para troca de
curativos, foi suspenso, assim como as cirurgias eletivas, agendadas.
No
HWG, os residentes estão fazendo apenas cirurgia de emergência; os estagiários
de nutrição estão atuando pela metade e o pessoal do Serviço Social só está
cuidando das questões de morte, deixando de realizar a comunicação de alta e
transferências. “Aqui no Walfredo, 50% dos trabalhadores da saúde estão em
greve e com esse número não dá para maquiar o fato de insuficiência de
pessoas para realizar alguns trabalhos necessários”, disse Rosália Fernandes,
diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (Sindsaúde-RN).
No Centro de Reabilitação Infantil,
especializado em atendimentos psíquicos, neurológicos e fonoaudiológicos parou
totalmente. Apesar da greve, os corredores do HWG não estão lotados, diferente
dos 280 leitos, que estão cheios. Diante disso foi inevitável de ver casos de
pessoas que estão em cima de uma maca e precisam de tratamento, como no caso do
pedreiro Raimundo Nonato, que sofreu um acidente de moto em Guamaré. “Estou com
a canela quebrada e há 10 dias ninguém me dá atenção aqui, sem contar que
peguei uma gripe por conta dessa poeira”, disse.
0 comentários:
Postar um comentário