Passadas apenas algumas horas do início da greve da Polícia Civil, deflagrada no início da manhã desta terça-feira (6), a população já começa a sofrer com a falta de atendimento nas delegacias da capital. Na 4ª Delegacia de Polícia, localizada no bairro de Mãe Luíza pessoas tiveram que voltar pra casa sem atendimento.
Com um total de 8 agentes, um escrivão e o delegado, a delegacia iniciou o primeiro dia de greve contando apenas com dois agentes e um auxiliar de serviços gerais.
O Auxiliar técnico Marco Aurélio foi intimado para prestar depoimento sob alegação de ter agredido verbalmente uma colega de trabalho. No entanto ao chegar à delegacia foi avisado da greve e que os atendimentos estão suspensos por tempo indeterminado.
Uma agente que preferiu não se identificar disse que estava dando expediente, mas que não ia fazer atendimentos. Outro alegou não ter aderido à greve, mas como o escrivão não estava trabalhando e a impressora usada para imprimir os documentos estava em uma sala trancada, alegou que também não podia fazer nada.
O escrivão que chegou apenas para entregar a chave de sua sala, disse que a greve é legítima e que os policiais estão lutando por seus direitos, por melhores condições de trabalho e mais estrutura. “É um absurdo que a gente tenha que trabalhar nessas condições. Não estamos pedindo favor, estamos apenas reivindicando direitos”, protestou.
De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do RN (Sinpol/RN), o atendimento ao cidadão nas delegacias distritais e especializadas está suspenso. Serão garantidos os 30% de funcionamento dos serviços, em respeito à Lei de greve (desta maneira continuará normal o trabalho no CIOSP e setores administrativos). As delegacias de plantão funcionarão apenas para lavraturas de flagrante, sem fazer registros de ocorrências e demais procedimentos.
0 comentários:
Postar um comentário