Os gritos e canções de ordem dos servidores públicos do
Estado, que em dias anteriores chegaram a ocupar as principais ruas de Natal,
hoje bateram à porta da residência oficial da governadora Rosalba Ciarlini. A
intenção dos manifestantes é de acampar em frente à casa, localizada na rua
Ministro Raimundo de Britto, em Morro Branco. Cerca de dez policiais militares
faziam a guarda da residência, que estava ocupada pela própria governadora.
Enquanto a reportagem esteve no local, não houve movimentação de saída ou
entrada de pessoas na casa.
Cerca de 150 servidores
mobilizados pelo Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde), Sindicato dos
Trabalhadores em Educação (Sinte/RN), Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol),
Sindicato dos Permissionários do Transporte Público (Sitoparn/RN) e
representantes do Movimento Passe Livre seguiram em caminhada na manhã de hoje
que percorreu o trajeto do Hospital Walfredo Gurgel até a residência oficial da
governadora.
“Ou a governadora negocia com
as categorias em greve ou haverá uma radicalização dos servidores públicos”,
declarou a coordenadora geral do Sinte/RN, Fátima Cardoso, ainda indignada com
a falta de compostura da Secretaria de Estado da Educação diante à situação dos
educadores. “A governadora tem que assumir a posição de negociar com as
categorias, senão o que já está ruim ainda pode piorar”, declarou a
sindicalista e professora aposentada.
A Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB), seccional do Rio Grande do Norte, resolveu tomar a frente das
tentativas de negociação e convocou os líderes sindicais de cada categoria em
greve para discutir a situação atual dos serviços públicos. Para a coordenadora
do Sindsaúde, Simone Dutra, a reunião será importante para discutir a realidade
dos servidores públicos, mas “ainda se faz necessário reunir trabalhadores e
sociedade em geral para buscar por melhorias na educação, saúde, segurança e
serviços básicos para a população”.
“Os trabalhadores têm o
direito de recorrer a qualquer método. Como fomos inúmeras vezes no Centro
Administrativo e a governadora não nos atende, nós viemos apelar ao espaço
privado da governadora para ver se ela escuta as vozes dos trabalhadores.
Precisamos dar um basta na situação que estamos vivendo”, afirmou Simone Dutra.
Durante a “visita” à
governadora Rosalba Ciarlini, tendas e feijoadas foram levadas para as ruas
Ministro Raimundo de Britto e Júlio Resende, onde há saídas da residência
oficial. O objetivo é garantir que a manifestação prossiga pelo tempo que for
necessário, à espera, inclusive, de uma ‘aparição’ da governadora. Contudo, os
servidores não disseram qual a previsão para a permanência no local.
0 comentários:
Postar um comentário