Todos os servidores estaduais que faltarem o dia de
trabalho terão o ponto cortado no Rio Grande do Norte. Expedido em maio durante
a greve do Departamento Nacional de Trânsito (Detran/RN), o ofício interno que
determina o corte para os grevistas continua valendo, conforme garantiu o
secretário estadual de Administração e dos Recursos Humanos (Searh), Antônio
Alber da Nóbrega.
"O servidor que faltar o dia de trabalho terá o ponto cortado",
enfatiza o secretário, que foi nomeado pela governadora Rosalba Ciarlini para
negociar com as categorias em greve. Ao G1, o
secretário explicou o que vem sendo feito em cada uma das negociações.
Atualmente estão em greve os servidores da saúde, da Polícia Civil, do
Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) e professores da rede estadual
de ensino.
Professores
Deflagrada nesta segunda-feira (12), a paralisação na educação ainda não foi
tratada em negociações. Entretanto, o secretário reforça a posição já colocada
pela Secretaria Estadual de Educação (SEEC) em nota. "Se existe uma
categoria que vai bem, é esta. Não acredito que o sindicato esteja em greve por
crise na educação", afirma.
Sobre o descumprimento de uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF),
colocado pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte/RN),
Fátima Cardoso, como um dos motivos da paralisação, Alber da Nóbrega afirma que
a reivindicação não pode ser cumprida de imediato. "Seria um impacto muito
violento se o Estado fosse pagar agora. Ainda estamos fazendo o levantamento
para calcular o que será gasto com isso. Tem de haver paciência", ressalta
o secretário.
Itep
Quanto a greve do Itep, também deflagrada nesta segunda, o secretário de Administração
exalta a necessidade de normatizar a atividade do instituto em lei. A
Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) informou ao G1 que
há total interesse do Governo e da direção do Instituto que o estatuto esteja
pronto o mais rápido possível. O documento, no entanto, não está pronto. A
categoria exige que o Governo do Estado encaminhe o estatuto do Itep à
Assembleia Legislativa.
De acordo com Djair Oliveira, que é presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do RN (Sinpol-RN), o estatuto é uma lei orgânica que organizaria o Itep. “Ele define os direitos e deveres dos servidores e cria o plano de cargos e salários dessa categoria, que até hoje não tem”, detalhou. Para o presidente do sindicato, falta vontade política para o projeto chegar à Assembleia Legislativa.
Saúde
Alber da Nóbrega confirma que o Estado ficou de nomear uma comissão para discutir a tabela de níveis salariais dos servidores da saúde. Porém, existe um impasse para a realização da medida com a continuidade da greve. "Se voltarem a trabalhar a comissão será nomeada, mas da forma como eles querem não é interessante. É bom quando negociamos e os dois saem ganhando", ressalta.
A análise dos níveis salariais seria feita em 45 dias, segundo informa o secretário. "Se formos passar 45 dias com eles sem trabalhar a situação se complica. Nossa ideia é acabar com gratificações e montar uma horizontalização de plano de cargos e salários. Queremos modernizar", diz Nóbrega. Os servidores estão em greve desde o dia 1º de agosto.
Alber da Nóbrega confirma que o Estado ficou de nomear uma comissão para discutir a tabela de níveis salariais dos servidores da saúde. Porém, existe um impasse para a realização da medida com a continuidade da greve. "Se voltarem a trabalhar a comissão será nomeada, mas da forma como eles querem não é interessante. É bom quando negociamos e os dois saem ganhando", ressalta.
A análise dos níveis salariais seria feita em 45 dias, segundo informa o secretário. "Se formos passar 45 dias com eles sem trabalhar a situação se complica. Nossa ideia é acabar com gratificações e montar uma horizontalização de plano de cargos e salários. Queremos modernizar", diz Nóbrega. Os servidores estão em greve desde o dia 1º de agosto.
Polícia Civil
Já no caso da greve dos agentes da Polícia Civil, o governo pede paciência aos
grevistas. "Não está havendo compreesão. Os agentes querem que se resolva
do dia para a noite. Todo o norte-riograndense sabe da stiuação
financeira difícil que vive o estado", ressalta Nóbrega, que pede o apoio
da categoria para elaborar propostas.
A pauta de reivindicações é extensa. “Queremos nomeação e
curso de formação dos aprovados no último concurso, que vem se arrastando desde
2008; vale refeição para os agentes; serviço terceirizado de limpeza das
delegacias, que muitas vezes fica a cargo dos próprios policiais; retirada de
presos das delegacias; melhoria das condições de trabalho, como armamento,
informatização e melhor comunicação entre as delegacias e reajuste salarial.
Somos uma polícia de nível superior recebendo menos que cargos de nível médio.
Também queremos reajuste das gratificações de chefes de investigação e chefes
de cartório, que trabalham acima das possibilidades pela polícia”, afirmou o
presidente do sindicato, Djair Oliveira.
O secretário citou como exemplo a reunião com a Associação dos Delegados de Polícia Civil (Adepol/RN), que promoveu uma paralisação de advertência na semana passada. "Os delegados tratam da questão com o diferencial de quando chegam para discutir, levam sugestões de como resolver determinadas questões. Ficou acertado que eles vão elaborar um plano para contribuir com o Estado, afirma.
De acordo com Nóbrega, o plano apresentado pelos delegados será analisado em nova reunião com a categoria.
O secretário citou como exemplo a reunião com a Associação dos Delegados de Polícia Civil (Adepol/RN), que promoveu uma paralisação de advertência na semana passada. "Os delegados tratam da questão com o diferencial de quando chegam para discutir, levam sugestões de como resolver determinadas questões. Ficou acertado que eles vão elaborar um plano para contribuir com o Estado, afirma.
De acordo com Nóbrega, o plano apresentado pelos delegados será analisado em nova reunião com a categoria.
Fonte: G1
0 comentários:
Postar um comentário