Depois das manifestações de rua em junho e da quebradeira
financeira no Estado, o quadro sucessório estadual está zerado na avaliação de
muita gente.
A quem pergunta sobre a eleição do próximo ano, e a
resposta é que a disputa de governo deverá passar por três nomes (nomes que
estão nas páginas dos jornais e nos destaques de blogs e portais): um nome do
PMDB (Garibaldi, Henrique ou Walter Alves), Wilma de Faria e Carlos Eduardo
Alves.
Vamos ao PMDB:
O nome do PMDB ainda não está
definido. Garibaldi Alves Filho não quer, já disse que não será candidato, mas
continua no páreo, porque é o nome mais forte do PMDB para qualquer disputa
eleitoral.
Antes do fatídico voo da FAB
para o jogo do Brasil no Rio e da mala roubada com dinheiro vivo em Brasília, o
deputado federal Henrique Eduardo Alves flanava entre os poderes da capital
federal e articulava sua permanência na cadeira de presidente da Câmara dos
Deputados. Os episódios deixaram Henrique abatido e atormentado pela dúvida.
Como presidente da Câmara, pode, sim, articular uma candidatura ao governo,
mesmo diante dos questionamentos que podem surgir numa campanha. Mas ele não
deseja a disputa majoritária. Quer ficar em Brasília.
Já Walter Alves surge hoje
como nome forte do PMDB. É deputado estadual em segundo mandato. Tem tradição.
É filho de Garibaldi. E conta com as bases do PMDB. Garibaldi quer Walter e
Henrique já não se opõe ao projeto como acontecia antes.
Dona Wilma de Faria é
candidatíssima a um cargo majoritário. Ela diz que postula uma vaga de deputada
federal, mas na verdade quer o governo ou a vaga do Senado, a espinha engasgada
na garganta.
Com as dificuldades
enfrentadas por Rosalba Ciarlini (esta sem condição de concorrer à reeleição),
Wilma aparece como contraponto ao atual governo. Aliás, ela sempre foi o
contraponto a Rosalba. Dona Wilma só perde para Garibaldi, segundo as pesquisas
de opinião. E já confidenciou que não disputará contra ele. Se não der governo,
Wilma deverá fazer acordo com o PMDB para disputar o Senado. É o que diz a rua.
O caso de Carlos Eduardo Alves
é mais complicado. Ele é prefeito de Natal pela terceira vez, em início de
mandato, mas seu nome está no jogo. Ninguém me tira da cabeça que Carlos
Eduardo Alves é peça fora deste jogo de xadrez. Diante do caos político e
financeiro do Estado, Carlos Eduardo tem equipe para ser uma das alternativas
de poder no plano estadual. Tem partido, tem tradição e tem experiência no
Executivo.
Carlos Eduardo Alves não é um
gestor que conta com a unanimidade da população. Tem virtudes e defeitos como
qualquer político. Mas diante dos desafios de administrar Natal depois da praga
da borboleta, o pouco que fizer no cargo de prefeito - e não é pouco o que vem
fazendo - aparece como grande realização à frente da Prefeitura de Natal.
Eu avalio que Carlos Eduardo
Alves está no jogo. E se eu tivesse de arriscar os nomes principais do pleito
no ano que vem, apontaria Walter Alves, Wilma de Faria e Carlos Eduardo Alves
como potenciais candidatos ao governo.
São os nomes que podem vencer
o pleito.
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