A ex-governadora e atual vice-prefeita de Natal, Wilma de
Faria (PSB), parece o nome da moda do noticiário político estadual. Muito mais
por sua habilidade inquestionável, que usa bem os meios de comunicação e outras
ferramentas de repercussão (leia-se pesquisa de opinião pública), do que
propriamente por uma condição real para disputa majoritária em 2014.
Wilma sabe que esse projeto
enfrenta enorme obstáculo, de cunho pessoal e familiar.
Trata-se do volume de
processos que ela, filhos e irmão enfrentam por supostas práticas de corrupção.
Alguns desses processos em via de julgamento, como é o caso do “Foliaduto”,
escândalo que envolveu o irmão Carlos Faria, no pagamento de bandas para carnavais
que nunca aconteceram.
Tem também a “Operação Hígia”,
que flagrou o filho Lauro Maia (PSB) em situação desconfortável, inclusive,
tendo sido preso pela Polícia Federal. Esse escândalo, segundo o Ministério
Público, fez derramar o dinheiro da saúde pública pelo ralo da corrupção.
Tem ainda o “Foliatur”, o
“Sinal Fechado” e o processo de investigação da “Ponte de Todos”, com fortes
indícios de superfaturamento da obra, algo de torno de R$ 120 milhões.
Uma candidatura majoritária,
certamente, assanharia o vespeiro, com adversários cobrando da Justiça mais
agilidade. Aliás, não precisaria de uma eleição para esses processos caminhar,
até porque alguns já têm sete anos. Seria necessária, apenas, uma
agilidade maior do Judiciário.
Ainda na linha de dificuldades,
Wilma teria de convencer os incomodados com o governo Rosalba Ciarlini
(DEM) a compor o seu palanque, o que não seria uma tarefa das mais fáceis. O
vice-governador dissidente Robinson Faria (PSD) já avisou que não abre mão da
sua candidatura.
O PMDB, dos Alves, em via de
rompimento com o governo democrata, também não admite apoio a Wilma, até porque
o seu projeto é de disputar com candidatura própria.
Sobraria o PT, que tem
simpatia pela ex-governadora, mas a sua prioridade é viabilizar estrutura político-eleitoral
para eleger a deputada federal Fátima Bezerra ao Senado Federal.
O PMDB saindo de perto do DEM,
certamente a petista se abraçaria com os Alves, repetindo aliança que deve
permanecer no plano nacional com a presidente Dilma e o vice-presidente Michel
Temer.
Conjecturas à parte, o fato é
que Wilma de Faria foi “ressuscitada” pelas dificuldades do governo Rosalba,
mas ela sabe que não é o suficiente para sonhar com voos mais altos.
Uma candidatura à Câmara dos
Deputados estará de bom tamanho.
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