Desde
o último domingo, o decreto que estabeleceu situação de emergência por causa da
seca em 144 municípios potiguares está expirado. Há mais de um mês, a Defesa
Civil do Estado suspendeu a Operação Pipa em 28 municípios porque os contratos
com os pipeiros não foram renovados. O trabalho da Defesa Civil só será
retomado com a publicação de um novo decreto que deverá ser assinado pela
governadora amanhã. A ajuda nos municípios afetados pela estiagem vai chegar
com atraso e cortes. Até o momento, a Defesa Civil assegurou menos da metade
dos recursos – R$ 4 milhões – necessários para o programa.
A situação é mais crítica
em quatro municípios que já estão em colapso no abastecimento. Além de não
contar com a Defesa Civil, os munícipes de João Dias, Riacho de Santana, Pilões
e São Francisco do Oeste não têm água nas torneiras. O abastecimento feito pela
Companhia de Águas e Esgostos do Rio Grande do Norte (Caern) também foi
suspenso devido à seca dos mananciais.
Além da renovação do decreto, a Defesa Civil
Estadual corre agora atrás de recursos do Governo Federal. Para que a Operação
Pipa seja efetivada integralmente, é necessário recursos na ordem de R$ 4
milhões. “Não temos essa verba assegurada. Atualmente, contamos apenas com R$
1,2 milhão. Se for com esse dinheiro, vamos recomeçar nas 28 cidades, mas com o
potencial reduzido à metade”, disse Lavínio.
Atualmente, o Exército Brasileiro atua em 110
municípios. No entanto, os 28 municípios sob responsabilidade da Defesa Civil
Estadual não contam com o projeto desde agosto. De acordo com o tenente Lavínio
Flávio de Souza, assessor técnico da Defesa Civil, a suspensão da operação foi
causada por problemas internos na secretaria de Estado da Justiça e da
Cidadania (Sejuc).
“Tivemos problemas com trâmite da documentação.
Quando o documento ficou pronto, expirou o decreto. Agora, só podemos contratar
pipeiros com o novo decreto de calamidade para ter a dispensa de licitação”,
explicou o tenente.
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