Quando eleito presidente da Câmara dos Deputados, para
ocupar o terceiro maior posto na escala do Poder do País, Henrique Eduardo
Alves assumiu, sem cerimônia, a condição de “super-homem” para o Rio Grande do
Norte. Os potiguares, cansados da fragilidade de nossos representantes em
Brasília (DF), acreditaram que havia chegado o momento de o Elefante voar.
Em qualquer esquina, se ouvia:
“Peça a Henrique que ele resolve; o homem tá poderoso.” Fosse qual fosse o
problema. Faltou água? Chame Henrique. Está sem segurança? Chame Henrique.
Obras de mobilidade? Chame Henrique. Faltou açúcar para o café? Chame Henrique.
E se o galo não cantar às 4h da madrugada? Henrique canta.
Exagero à parte, era assim
mesmo que a população via o herdeiro de Aluízio Alves.
Hoje, nove meses depois, o
presidente da Câmara dos Deputados não conseguiu corresponder à expectativa.
Ele não resolveu absolutamente nada. É fato. Agora, tire-se o chapéu para sua
habilidade em se autopromover. Veja só: os projetos do Governo do Estado
aprovados pelo Governo Federal (vários em execução) foram usados por Henrique
como se fossem de sua autoria.
Enumere-se:
1 – aeroporto de São Gonçalo;
2 – barragem de Oiticica;
3 – duplicação da Reta
Tabajara (BR-304);
4 – Arena das Dunas (estádio
da Copa 2014);
5 – duplicação da BR-304 entre
Natal e Mossoró (sequer existe o projeto licitado); entre outros.
Neste último item (pasme!),
Henrique chegou a fazer publicidade na televisão, usando o horário gratuito
eleitoral do PMDB, com imagens da rodovia como se estivesse duplicada.
Não vai daqui o interesse
deliberado de diminuir a importância de Henrique na conquista de alguns desses
benefícios para o RN. No entanto, é a mesma importância dos outros 10 membros
da bancada federal potiguar, que lutaram juntos, tendo como condutor o Governo
do Estado.
Pois bem...
Nem Henrique é o “super-homem”
que se propôs a ser, nem pode ser visto como uma completa decepção, afinal ele
é poderoso lá em Brasília (DF), principalmente em momento de o PMDB enquadrar a
presidente Dilma.
Porém, a sua atuação em prol
de seus conterrâneos está muito aquém da esperança depositada nele. No duro, Henrique
Alves está devendo uma resposta ao Rio Grande do Norte.
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