Segundo balanço apresentado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) quase 13 mil leitos foram desativados na rede pública de saúde do país desde janeiro de 2010.
Naquele mês, o Sistema Único de Saúde (SUS) contava com 361 mil leitos, número que, em julho deste ano, caiu para 348.303.
No Rio Grande do Norte, o impacto da redução acarretou na desativação de 267 leitos em hospitais da capital e do interior.
As informações foram apuradas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) junto ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde. O período escolhido levou em conta informação do próprio governo de que os números anteriores a 2010 poderiam não estar atualizados.
Para o presidente do CFM, Roberto Luiz d'Ávila, os dados revelam, de forma contraditória, o favorecimento da esfera privada em detrimento da pública na prestação da assistência à saúde.
"Estes números são apenas uns dos desdobramentos do subfinanciamento público no Brasil, principal responsável pelas dificuldades do SUS. Convocar mais médicos e oferecer menos leitos me parece uma contradição. Isso é jogar sob a responsabilidade dos médicos esse cenário de abandono do sistema público de saúde".
O Mossoroense
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