A governadora Rosalba
Ciarlini (DEM) afirmou ontem que apenas na próxima semana definirá como
ocorrerá o pagamento do funcionalismo referente ao mês de outubro. Com a queda
do Fundo de Participação dos Estados (FPE) no mês, índice que chegou a
6%, a equipe econômica do Governo demonstra apreensão sobre como arcará com o
salário do funcionalismo e em dia.
“Na próxima semana
que nós vamos ter já algo mais concreto”, disse a governadora. Rosalba Ciarlini
afirmou que a maior preocupação no momento é com o pagamento do funcionalismo e
admitiu que já há necessidade de novas medidas de contenção de gastos.
“É nossa maior preocupação
(o pagamento do funcionalismo). Já estamos com muitas medidas de contenção,
vamos ter que fazer uma reavaliação, saber onde mais podemos cortar”, destacou,
ponderando que os investimentos anunciados recentemente para obras de saneamento
e o RN Sustentável vieram com recursos de fora. “A questão do custeio e
funcionalismo depende do FPE e ICMS”, comentou.
A governadora disse
que teve uma grande surpresa com o comportamento do FPE este mês. “Foi uma
grande surpresa (a queda no FPE) para todos nós. Desde 1988, quando prefeita
(de Mossoró), que venho acompanhando e sempre o FPE cresce no segundo semestre.
Há de se entender que se o FPE, composto pelo Imposto de Renda e Produto
Industrializado, cresce porque é nesse período que a indústria começa a
fabricar mais em função do final do ano, normalmente cresce (no segundo
semestre)”, analisou.
Rosalba Ciarlini
afirmou que a apreensão é maior porque as informações que já recebeu dão conta
que a queda da arrecadação do FPE permanecerá até o final do ano. “Para o
Estado (RN) está previsto R$ 199 milhões de queda (de setembro a dezembro).
Isso preocupa muito”, comentou.
A governadora
admitiu que a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS) aumentou, mas não na mesma proporção da queda do FPE. “Crescemos o ICMS,
a verdade é essa. Mas as quedas têm sido maiores que o crescimento. A dificuldade
vem se avolumando a cada mês. As reservas que tínhamos foram se exaurindo em
função de cobrir os déficits. Agora é um problema nacional”, comentou.
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