Qual será o efeito prático do racha político entre a
governadora Rosalba Ciarlini e o seu marido Carlos Augusto Rosado, chefe do
Gabinete Civil do governo do Estado, com o senador e presidente nacional do
DEM, José Agripino Maia? Essa é a questão elaborada e discutida nos últimos
tempos por dez em cada dez políticos e analistas políticos do Rio Grande do
Norte.
Fruto de um governo em franco desgaste e que tenta, a
todo custo, mostrar que está vivo, a corrosão no relacionamento político entre
Rosalba, Carlos e Agripino deixou a esfera privada da para alcançar as páginas
dos jornais. O último lance dessa novela foi apresentado na edição desta
sexta-feira de O Jornal de Hoje: a concretização da ação do DEM, que é o
partido dos três, comandado por Agripino, contra o deputado federal Betinho
Rosado, cunhado de Rosalba e irmão de Carlos Augusto.
Ninguém em sã consciência acredita que Rosalba e Carlos
concordaram com a medida de Agripino. Afinal, Betinho pertence ao grupo
político do casal e comandará um partido – o PP – que estará no palanque de
Rosalba.
SINAIS
Os sinais de distanciamento entre o casal e o senador são
cada vez mais evidentes e já transparecem nas declarações de parte a parte. Em
entrevista na semana passada ao jornal Valor Econômico, Rosalba disse que
construiu sua candidatura ao governo em 2010 sem o senador, pontuando, desta
forma, em que pé se encontra a relação entre ambos: “Na hora que Agripino não
me quiser, vou tomar meu rumo”, afirmou Rosalba.
“Minha relação com Agripino sempre foi franca e aberta.
Quando eu construí minha candidatura ao governo, ele não veio comigo fazer a
construção. Vou sair daqui (do DEM, se isso tiver que acontecer), como tudo que
fiz na vida, de cabeça erguida e mãos limpas”, disse a governadora.
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