Esta é uma planta nativa que tem água no caule e nos espinhos e pode resistir a períodos de forte estiagem no sertão. Como o mandacaru é mais resistente que muita planta, ele vai crescer e se desenvolver bem e, na época da seca, quando mais de 17% dos rebanhos de pequenos criadores morrem, representa uma fonte extra de proteína na alimentação dos animais.
O rebanho atual de cabras e ovelhas na região semi-árida brasileira é de oito milhões de cabeças. Muitos dos pequenos criadores retiram o mandacaru das vegetações nativas e não fazem o trabalho de reposição. Por isso, está difícil achar esta planta. Os criadores precisam percorrer grandes distâncias para ter acesso a essa importante fonte de alimentação dos animais.
Para mudar essa situação, os criadores do semi-árido estão sendo orientados para plantarem o mandacaru em suas terras. Além de a plantação ser fácil e barata, são inúmeras as vantagens. O agricultor pode optar por adensar mais o número de plantas bem perto de sua residência.
Atualmente, a Embrapa Semi-Árido em parceria com o BNB vem desenvolvendo projeto de difusão do mandacaru sem espinhos. Já foram implantadas mais de 10 unidades demonstrativas em diversos municípios do semi-árido. Embora seja de regiões mais chuvosas, as plantas de mandacaru sem espinhos cultivadas há mais de 10 anos na Estação Experimental da Caatinga, em Petrolina, PE, têm demonstrado boa adaptação ao clima semi-árido, além de boa produtividade. De acordo com o pesquisador da Embrapa Nilton de Brito Cavalcanti, a plantação do mandacaru é uma alternativa para alimentar animais em períodos de seca.
Fonte: Nordeste Rural
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