No mês passado o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas
(PBMC) apresentou o Primeiro Relatório de Avaliação e as expectativas, são de
que o semiárido sofra ainda mais no futuro com o problema da escassez de água,
segundo os pesquisadores do órgão.
Mesmo com estudos científicos
mostrando que os problemas podem ficar ainda mais intensos para o sertanejo,
especialistas locais acreditam em melhora e na capacidade de adaptação do povo
ao semiárido.
O professor de Meteorologia e
Climatologia da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), José Espínola
Sobrinho, explica que o PBMC reúne pesquisadores de todo o mundo. Ele fala que
as estimativas apresentadas mostram que se a temperatura no Nordeste brasileiro
pode crescer entre 1ºC e 4ºC em 100 anos, o que dependerá de vários fatores,
entre eles a poluição.
Há cerca de quatro anos o Rio
Grande do Norte enfrenta uma grande seca. Segundo Espínola, os efeitos podem
não ser sentidos em Mossoró, pois atinge principalmente as cidades que ficam
mais no Centro do Estado. "Este ano choveu em Mossoró 475 mm, mas no
Estado todo praticamente não choveu. A maioria está em situação
gravíssima", ressalta.
Espínola afirma que os
períodos de seca no Estado acontecem a cada 12 anos, em média. Os menores
registros de precipitação pluviométrica acontecem no final de uma década para
outra. "A seca também está associada às explosões solares. O ciclo solar
apresentou intensas atividades entre 2012 e 2013 e deve entrar em declínio a
partir do próximo ano", explica o pesquisador.
Para 2014, a expectativa do
professor é que o período de chuvas comece a voltar ao normal, mas ainda será
pouco tempo para recuperar os anos de seca, sendo necessário mais uns dois ou
três anos seguidos de bom inverno para que aconteça uma cheia novamente.
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