Sem nome para oferecer ao eleitor (o único, ministro
Garibaldi Filho, não quer nem ouvir falar sobre candidatura ao Governo em
2014), o PMDB dos Alves poderá abrir mão do projeto e apoiar um candidato com
outro sobrenome e de outro partido.
A possibilidade ganha corpo
com o passar do tempo, sem que a tradicional família política tenha viabilizado
o nome próprio.
Garibaldi não quer correr
risco nem ir para o sacrifício. As lembranças de 2006 ainda estão bem vivas,
quando ele amargou duas derrotas em menos de 30 dias para a então governadora
Wilma de Faria (PSB). Ele sabe o peso de uma candidatura governista e já
experimentou ao seu favor, quando foi candidato à reeleição em 1998, montado na
venda da Cosern.
Depois de Garibaldi, a opção
seria o deputado Henrique Alves, que estaria fortalecido pelo status de
presidente da Câmara dos Deputados. No entanto, a pesquisa encomendada pelos
Alves, em outubro, decepcionou o herdeiro do ex-governador Aluízio Alves, que
apareceu rejeitado pelo eleitor.
Carta fora do baralho. Aliás,
Henrique, para o eleitor, nunca teve perfil de Executivo, por isso, a rejeição
ao seu nome.
A terceira alternativa também
já pulou fora. O deputado estadual Walter Alves, filho de Garibaldi e primo
segundo de Henrique, enterrou o projeto de disputar o Governo ou adiou para
daqui a alguns anos. Ainda muito novo, Waltinho não correria o risco de
retardar o crescimento de sua carreira política.
Daí, o plano B, que poderia
agregar todas as forças da oposição contra a governadora Rosalba Ciarlini
(DEM).
Wilma de Faria seria a
primeira alternativa. Tem a simpatia do PT, que entraria na chapa majoritária
com a deputada federal Fátima Bezerra ao Senado. Setores do PMDB também
aprovam. Inclusive Garibaldi, que era “enjoado” com Wilma e já admitiu
conversar com a ex-adversária.
No entanto, pesa contra essa
aliança o fato de o PSB ser adversário do PT e PMDB na disputa presidencial,
com a candidatura de Eduardo Campos.
Sem Wilma, sobe de cotação o
deputado federal João Maia, que recentemente desembarcou o seu PR da base
aliada da governadora Rosalba. Sem pensar duas vezes, Maia aceitaria o convite.
Observe que os próprios
republicanos têm “lançado” o seu nome a governador.
Portanto, possibilidades
colocadas no tabuleiro da sucessão, sugerindo conjecturas e alimentando o
imaginário de quem está atento aos lances de bastidores. Todavia, é preciso
afirmar que o projeto de candidatura própria do PMDB está mantido, apesar da
escassez de nomes.
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