A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) está isolada
politicamente. Nem o presidente do seu partido, o senador José Agripino Maia,
compõe a base do governo ou tem levantado voz para defender a gestão da
democrata.
Mas, qual o motivo de tal
isolamento?
Os ex-aliados, que fizeram a
travessia para a oposição, reclamam que a governadora não escuta os amigos e
companheiros.
Será que é isso mesmo? Ou há
uma reação para a “porteira fechada”, estilo de governar de Rosalba Ciarlini?
Na primeira entrevista após a
posse, em janeiro de 2011, a governadora deixou bem claro que administraria com
os aliados, porém sem deixar a porteira aberta. Temia, com razão, que alguns
açodados fizessem estragos com o bem público, como ocorreu nos 16 anos de
governo de Garibaldi Filho (1995/2002) e Wilma de Faria (2003/2010).
Rosalba entendia, como de fato
entende, que para ser parceiro não precisa ter nas mãos a chave do cofre, pois
essa responsabilidade é do governante. Ademais, o parceiro deve ser sempre um
colaborador fiel do sistema de governo, nunca criando ou impondo o seu próprio
estilo.
Pois bem…
Rosalba teve a coragem de
mudar a história político-administrativa do Rio Grande do Norte, não permitindo
que o Estado continuasse dividido em “capitanias hereditárias”, com cada partido
parceiro mandando no seu “pedaço”, em detrimento do bem público.
Foi uma decisão corajosa,
mesmo consciente da reação das elites. Agora, a governadora enfrenta
uma oposição irada, formada por agentes determinados a inviabilizar a gestão
estadual, trabalhando em várias frentes de combate ao governo. Usam mídia,
sindicatos, outros poderes e exércitos numa frente de ataque nunca antes vista
na história deste Estado.
O próximo passo dessa
estratégia, já identificada nos bastidores, é preparar uma equipe de
construtores amigos para tentar inviabilizar as obras do RN Sustentável, como
forma de o Governo não ganhar fôlego com os 34 milhões de dólares do programa.
Qual seria a tática: as
construtoras escaladas comprariam os editais de licitação das obras com propósito
de questioná-las na Justiça, e, assim, evitar que as concorrências públicas
sejam concluídas e as obras iniciadas.
Se é verdade, trata-se de um
jogo sujo, desprezível e agressivo ao desenvolvimento do RN e do seu povo.
Cabe, então, a própria população
acompanhar de perto o processo de licitação das obras do RN Sustentável para
identificar, se for o caso, os agentes que tentarão inviabilizar o importante
programa. Isso é inadmissível.
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