Sindicalistas alegam que 85% da categoria está em greve em todo Estado. (Foto: Wellington Rocha/ Portal Noar) |
“De vento em popa”. Assim
a greve dos professores da rede estadual foi definida pela coordenadora geral
do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte
(Sinte/RN), Fátima Cardoso. Ela informou que a adesão já atingiu 85% em todo o
RN.
Em números, cerca de 8.500 dos 10 mil professores
paralisaram as atividades. Fátima Cardoso informou que ainda faltam
contabilizar algumas cidades no interior do RN, mas a tendência é que a greve
chegue aos 90%, pois a categoria “cansou de fazer acordos para não serem cumpridos”
e adiantou que “não assinará nenhum documento com um Estado que não cumpre seus
acordos”.
Já em
relação ao corte do ponto dos servidores, a sindicalista informou que a
Secretaria Estadual de Educação não tem nenhum precedente jurídico para fazer o
corte do ponto, cujo as aulas são repostas sempre que o movimento encerra a
paralisação.
Porém, a
categoria não descarta a possibilidade de mover uma ação contra a governadora
Rosalba Ciarlini (DEM) no Ministério Público por improbidade
administrativa. “Estamos buscando o que foi acordado e não foi cumprido.
Se levarmos para as instancias, ela, a governadora, sabe que está errada, pois
não consegue cumprir o que acorda com as categorias. Ela não cumpriu nenhuma
das solicitações”, criticou a coordenadora do Sinte.
A
professora informou que a categoria está em greve devido ao não cumprimento das
quatro solicitações combinadas que seriam as eleições para diretor serem
diretas, organização estrutural das escolas e o pagamento de uma gratificação
aos diretores, além do pagamento dos 5% referente a progressão por letras que
já consta com três em atraso e a falta de professores.
“Fizemos de
tudo para não parar os trabalhos. E quando sentamos para acordar decidimos que
invés de 17% referente as três letras, nós pedimos 5% fora a falta de
professores de química, física e biologia dentre outras disciplinas. Se eles
quisessem mesmo em dez dias teriam tudo resolvido” informou a coordenadora do
Sinte.
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