Apesar de ensaiar uma trégua na ameaça de rebelião até a presidente Dilma Rousseff definir seu espaço na reforma ministerial, o PMDB promete endurecer nas negociações com o PT para a formação de palanques regionais. A cúpula do partido, reunida anteontem, avaliou a realização de uma pré-convenção para tratar das alianças regionais.
Foi discutida uma mudança na orientação para os diretórios locais concedendo maior independência nas composições. As principais divergências entre PMDB e PT estão no Rio de Janeiro, Ceará, Piauí, Bahia, Maranhão e Paraná. PT e PMDB estão “naturalmente” juntos em quatro Estados, segundo levantamento dos peemedebistas. “Enquanto a reforma ficou estagnada, essa questão dos Estados ainda guarda uma tensão. O PT quer tudo, mas é importante o respeito do partido aos aliados”, disse o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ).
Em conversa com o vice-presidente, Michel Temer, horas antes do encontro do PMDB, a presidente prometeu definir as mudanças no partido até o dia 29. Dilma mandou ainda um recado de que está realizando consultas aos aliados e que não há definição sobre as trocas. A ideia era acalmar o PMDB, principal aliado, que está irritado por ter ouvido inicialmente que não havia chance de ampliar seu espaço na Esplanada e ganhar um sexto ministério. O PMDB queria a Integração Nacional. Segundo relatos, a discussão dos peemedebistas anteontem começou tensa, mas o vice tentou acalmar os correligionários. Temer teria pedido um voto de confiança a Dilma.
Fonte: A Folha Uol
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