A edição da revista Época deste final de semana traz como
um dos seus destaques a reportagem “O próximo Maranhão?”. A matéria de quatro
páginas e com direito a destaque na capa, faz uma comparação entre Alcaçuz, o
maior presídio do Rio Grande do Norte, com o de Pedrinhas, em São Luís (MA). E
vai além, dizendo que o RN pode vir a se transformar no novo caos do sistema
carcerário brasileiro.
A matéria relembra a visita do ministro Joaquim Barbosa,
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) ao Rio Grande do Norte no ano
passado, quando veio fazer uma inspeção em Alcaçuz, em abril. “É muito
desumano”, disse o ministro no período, quando presenciou “urina escorrendo
pelas paredes, forte cheiro de fezes e celas e corredores escuros e sem
ventilação”, diz a revista. Um novo relatório do CNJ, obtido pela Época,
referente a uma vistoria feita em dezembro, acrescenta novos dados sobre o
problema.
Os relatos da última vistoria revelam que “o quadro não deixa
dúvidas de que, se nada for feito rapidamente, o Rio Grande do Norte é forte
candidato a se tornar o próximo Maranhão”, alerta a revista. Segundo a
publicação, o presídio tem 800 presos, em um local onde caberiam apenas 600,
sob custódia de apenas oito agentes penitenciários. “As visitas íntimas ocorrem
de forma promíscua no meio do pavilhão, além disso, os confinados não recebem
atendimento médico, mesmo muitos deles sofrendo com doenças infecciosas, como a
tuberculose. Cenário considerado perfeito para nutrir atitudes monstruosas”,
detalha a revista.
A Época relembra um dos casos de maior barbárie já
registrados em presídios potiguares. Conhecido como Pai Bola, Antonio Fernandes
de Oliveira já foi motivo de várias matérias na imprensa potiguar. “Em novembro
de 2009, ele foi capaz de desferir 120 golpes de faca artesanal numa vítima que
lhe negou o celular. Seis meses antes, matara outro interno por asfixia, usando
um lençol. Dois anos depois decapitou um colega de cela, comeu literalmente seu
fígado e depois espalhou suas vísceras pelas paredes”, relatou a revista.
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