O custo do voto no Rio Grande do Norte na campanha de
governador de 2010 foi mais caro do que os estados mais ricos da federação. A
constatação é de estudo da ONG Transparência Brasil, conhecida pelo combate à
corrupção. Os dados dos 171 candidatos, tabulados na íntegra pela reportagem,
podem ser acessados AQUI.
A
metodologia para estabelecer o custo do voto é simples. O levantamento leva em
consideração a relação entre o total de receitas obtidas – e declaradas – e o
número de votos que os candidatos conseguiram.
No RN, os
dois principais postulantes da campanha de 2010, Iberê Ferreira (PSB) e Rosalba
Ciarlini (DEM), tiveram o preço do voto fixado em R$ 13,42 e R$ 8,24,
respectivamente.
Os valores
estão acima dos R$ 6,85 fixados para Geraldo Alckmin (PSDB-SP); dos R$ 6,70 de
Sérgio Cabral (PMDB-RJ); dos R$ 7,21 de Antonio Anastasia (PSDB-MG) e dos R$
2,81 de Tarso Genro (PT-RS), todos governadores eleitos dos Estados mais ricos
do Brasil.
Para se ter
ideia da disparidade, apesar de ter o voto mais caro que essas unidades da
federação, o RN tem um PIB de R$ 36 bilhões (18º entre os 27), enquanto São
Paulo produz R$ 1,3 trilhão; o Rio de Janeiro soma R$ 462 bilhões; Minas
Gerais, R$ 386 bi, e Rio Grande do Sul produz R$ 263 bilhões.
A tendência
observada quando se olha para os Estados mais pobres do Brasil é de que custo
de voto mais elevado. Em Roraima, Confúcio Aires (PMDB) se elegeu com um voto
custando R$ 14,91. Em Tocatins, 24º PIB do Brasil, José Wilson Siqueira (PSDB)
foi eleito após investimentos que resultaram em R$ 45,64 o custo do voto.
Caixa 2
Para o
cientista político Antonio Spinelli, da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, é preciso considerar primeiramente que os dados em questão estão
subestimados.
“É preciso
considerar em um primeiro olhar que há uma subestimação. É mais do que provável
que a maioria dos candidatos tenha gasto mais do que declarou à Justiça
Eleitoral, porque a prática do caixa 2 é quase generalizada”, opinou o
cientista.
Spinelli
analisa ainda que uma tese provável que justifique os números seja a do
controle do voto. “Nos estados mais pobres se gasta mais é porque a venda de
votos é mais generalizada. Há um maior controle do voto por parte das chefias
políticas, principalmente nos municipios do interior”, destacou.
A visão
estigmatizada sobre os estados mais pobres, entretanto, não deve prevalecer,
conforme defendeu o próprio cientista. “Não se pode dizer que corrupção é
monopólio dos pobres, porque agora mesmo há em curso uma investigação desvios
no governo de São Paulo”.
Fonte: Portal no Ar
Do Blog: Aqui em Olho D'água a compra de voto ocorre no mercado livre, de maneira escancarada e escandalosa a preço de ouro e a revelia da justiça que está "de olhos vendados". E o caixa 2? Também fingem não existir.
Isso é o nosso Brasil!!!!!
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