O deputado estadual José Dias (PSD) avalia que a chapa
que está sendo montada pelo PMDB, contemplando partidos como o PSB da
ex-governadora Wilma de Faria, o DEM do senador José Agripino e da governadora
Rosalba Ciarlini, o PSDB do suplente de deputado federal Rogério Marinho, o PPS
do suplente de vereador Wober Júnior, dentre outras legendas, como PROS e PR, é
uma chapa confusa. “Tão confusa que você não sabe quem é o candidato a
governador. E a candidata a senadora, que hoje o PMDB estranhamente festeja,
não se declara candidata claramente a senadora. Ela deixa a entender que pode
ser candidata a governadora, mantendo, ainda, a reserva da possibilidade de ser
candidata a deputada federal, porque não sabe o que vai ocorrer”, diz. “O que
eu vejo é o seguinte, é que por mais poderosos que eles sejam, e
indiscutivelmente o PMDB é poderoso, indiscutivelmente Dona Wilma é muito
poderosa, eles têm medo do povo. Eu não sei por quê”.
Ao fazer alusão às articulações do PMDB com o PSB, José
Dias afirma que os líderes dessa articulação, especialmente o deputado federal
Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara dos Deputados, “não estão dizendo
o que querem porque estão com medo de enfrentar a opinião pública, estão com
medo da reação, têm medo das ruas. Essa que é a grande verdade. Estão negando a
própria essência da democracia”, afirmou, numa crítica direta à indefinição do
PMDB.
O PMDB chegou a apontar o ex-senador Fernando Bezerra
como provável candidato do partido a governador. Bezerra, por sua vez, disse
que Garibaldi poderia ser candidato, caso Wilma não se aliasse ao PMDB. Nos
últimos dias, os prefeitos apontaram Henrique como o preferível, diante da
negativa de Garibaldi. O líder do PMDB na Assembleia, Walter Alves, também
seria uma opção da legenda. Apesar de tudo isso, permanece a indefinição, alvo
das considerações de José Dias.
“Eu acho que quando você não tem medo do povo, você leva
para o povo as suas intenções verdadeiras. Você esclarece o que você pretende.
Essa história de você ser ungido, isso não existe. Desde que o mundo é mundo,
as lideranças se formam porque os líderes trabalham para ser líderes. Então, você
diz, eu não quero ser governador, eu não quero ser senador, mas o povo é que
quer, eu vou ser o que o povo mandar. Isso é uma mentira muito grosseira,
porque atenta contra a inteligência de todos nós”, critica o parlamentar. “E o
que eles dizem nas palavras deles: ‘Nós somos defensores da transparência, da
sinceridade, da clareza, e estão trabalhando exatamente na moita’”, aponta.
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