Um mutirão formado por médicos legistas e auxiliares do
Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep) finalizaram na semana passada
um trabalho que estava acumulado desde 2008: a identificação de 42 corpos que
estavam no pátio do Instituto em avançado estado de decomposição.
Nesta quarta-feira (12) será
iniciada a segunda etapa do trabalho da equipe em mutirão que será o enterro
desses corpos. Esse foi um dos assuntos da entrevista da diretora do Itep,
Raquel Taveira ao programa RN
Acontece.
"Levamos uma semana para
contar os 42 corpos que estavam no corredor, entre ossadas e cadáveres. Fizemos
o levantamento junto com a equipe de medicina legal através da coleta genética
e exames de DNA", comenta a diretora.
Raquel Amaral Taveira assumiu
o Itep em 18 de dezembro de 2013 e comentou que dos problemas do instituto,
esse era prioridade para ser solucionado. "É tudo muito urgente, mas
retirar os corpos dos corredores era uma questão de saúde pública. No
município, no Estado não existe uma lei que defina se o Itep pode mandar
enterrar ossadas e cadáveres em decomposição, mas conversamos com o Ministério
Público e Justiça sobre essa necessidade", destacou.
De acordo com Raquel, hoje a
tarde o Itep irá "inumar" os corpos e ossadas de cinco dos 42 corpos
no cemitério do Bom Pastor II. "Houve um descaso de quem estava
responsável pelo Itep e no relatório essa situação dos corpos não foi
informada", justifica.
Durante a entrevista, Raquel
comentou sobre a estrutura e os desafios do Itep. "Temos hoje 551
servidores, três grandes coordenadorias e duas unidades em Caicó e
Mossoró", destacou.
A unidade do Itep em Mossoró
atende a 66 cidades vizinhas e a unidade de Caicó, 45 cidades vizinhas.
"Temos desafios no atendimento ao cidadão e na investigação dos corpos.
Por exemplo, quando assumi existiam quatro máquinas da medicina legal que não
estavam instaladas", frisa.
Fonte: Nominuto
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