Está todo mundo se articulando com vista à sucessão
estadual. Em uma clipagem rápida no
noticiário político da semana que está terminando, é possível encontrar
reportagens com as andanças pelo interior do Estado da ex-governadora Wilma de
Faria (PSB), que costura uma candidatura ao Senado Federal; a reunião do PT e
PSD para discutir uma eventual aliança majoritária; a reunião do senador José
Agripino (DEM) com líderes de partidos de oposição ao Governo do Estado, apesar
do seu partido ser governo; e até um inédito lançamento de candidatura a
vice-governador do deputado João Maia (PR), pelo deputado liderado George
Soares.
Soma-se, aí, a interminável
novela da candidatura própria do PMDB, que diariamente ocupa espaço nos
jornais, emissoras de rádio, televisão e redes sociais, colocando como
personagens principais o deputado Henrique Alves e o ex-senador Fernando
Bezerra.
Pois bem.
Está todo mundo se
articulando, menos… a governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Isso mesmo, Rosalba
tem procurado ficar distante do noticiário político, optando por focar as suas
atenções para as obras estruturantes em andamento e as que estão projetadas no
programa “RN Sustentável”.
Ao evitar o debate
político-eleitoral, a governadora retarda o lançamento do processo sucessório,
haja vista que a oposição não tem conseguido engrenar a máquina da disputa
eleitoral. Evidentemente, Rosalba está de
olho nos lances produzidos pelos adversários, principalmente de bastidores, até
porque o projeto de reeleição existe e ela vai conduzir.
Agora, a governadora sabe que
não é o momento de colocar o bloco na rua, uma vez que a necessidade de agora é
suprir as demandas reclamadas pela população e, por gravidade, melhorar os
índices de popularidade do seu governo. Cumprindo essa fase, Rosalba
deverá avançar o processo sucessório, sem esquecer que em meio às convenções
partidárias, em junho, a bola estará rolando pela Copa do Mundo, com jogos na
Arena das Dunas em Natal.
E como o eleitor-desportista
estará de olho no lance, pouco se importando com a política-eleitoral
(pesquisas mostram que as pessoas ainda não estão dando bola para as eleições),
a governadora ganha e valoriza o tempo para organizar a casa e o seu projeto
político.
No mais, até lá, a oposição
continuará povoando o noticiário político cotidiano, sem a certeza de que
conseguirá estabelecer as regras do jogo perante o grande público.
Por enquanto, os
norte-rio-grandenses não estão nem aí para o convescote eleitoral.
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