Em uma longa entrevista à Tribuna do Norte com o
presidente nacional e estadual do DEM, o senador José Agripino Maia não se absteve em expor seu distanciamento
político com a governadora Rosalba Ciarlini e seu marido, Carlos Augusto
Rosado, além de confirmar o bom diálogo que vem tendo com o PMDB de Garibaldi e
Henrique, o PR de João Maia e o PROS de Ricardo Motta.
O senhor disse que em uma das últimas conversas que teve
com a governadora, ela afirmou que seria candidata se “estivesse condição de
reeleição”. Na sua visão, Rosalba está em condição de reeleição?
É muito difícil dizer isso. Não tenho, feita pelo partido,
nenhuma pesquisa de opinião. Agora o grande instrumento de avaliação, de
possibilidade, é pesquisa de opinião feita um pouquinho mais para frente e
avaliar se a governadora estaria em condição de pleitear ou não. Pelos dados
que foram exibidos por pesquisas divulgadas há pouco de tempo, a condição dela
não é confortável.
O senhor tem conversado com a governadora ou com o ex-deputado Carlos
Augusto?
Não tenho.
Faz quanto tempo que o senhor não conversa com
eles?
Nada impede que conversemos a qualquer hora, mas não tem havido oportunidade de
conversarmos.
Há, de fato, um distanciamento do senhor da governadora e
do ex-deputado Carlos Augusto Rosado?
Desde o começo do governo me coloquei o tempo todo à disposição dos interesses
do Estado do Rio Grande do Norte através da interpretação da governadora e me
mantenho nessa mesma disposição. Sempre que ela precisa de mim, sabe que
encontra um guardião dos interesses do Estado. É só ser procurado.
O senhor concorda que a governadora tem sinalizado para
um projeto de reeleição pela agenda que adota e pelo discurso?
Não sei, uns me dizem que sim outros que não. Prefiro dizer que não sei.
E se houver essa pretensão ela será remetida à executiva estadual. O papel que
me cabe como dirigente estadual do partido é fazer a avaliação por aqueles que
falam pelo partido e que têm interesse, os três deputados estaduais, o deputado
federal haverão de colocar sua argumentação e tentar convencer em um rumo e
outro. Democraticamente, quem vai decidir não é o presidente do partido. A
lógica, o bom senso é quem conduz e remete a definições. Não sei o que pensarão
os três deputados estaduais e um federal se uma candidatura ao governo
engessaria de tal forma as alianças partidárias que poderia até inviabilizar
suas próprias reeleições. Esse é um assunto que se for provocado pela tese da
governadora de candidatura à reeleição será colocada para deliberação da
executiva estadual.
O senhor tem conversado com o PMDB, com o PR. Essas conversas remetem à aliança
do Democratas com esses dois partidos?
Quem levou, quem trabalhou, quem se
esforçou para levar o apoio de pessoas que não votaram em Rosalba, mas apoiaram
o seu governo? Fui eu, com João Maia, com Henrique (Eduardo Alves). Tenho
uma proximidade com eles de muito tempo. Tenho uma relação muito positiva e
muito robusta com o PMDB de Garibaldi Filho e Henrique, com o PR de João Maia,
com o PSDB de Rogério Marinho e Aécio Neves, com o PROS de Ricardo Motta. Tenho
uma relação com essas forças todas e tenho estado dentro das conversas desse
grupo.
Falando em hipótese, o Democratas, partindo para candidatura majoritária com
Rosalba Ciarlini, quais seriam os prováveis partidos aliados?
Infelizmente, não vejo. Não vejo parceiros de expressão para eleição
majoritária.
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